O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (5) os primeiros nomes da nova gestão estadual, entre eles o do ex-prefeito da capital paulista Gilberto Kassab (PSD), que assumirá a Secretaria da Casa Civil.
Kassab é o atual ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do governo do presidente Michel Temer (MDB). Ele fica no cargo até 31 de dezembro. No dia seguinte, assumirá o cargo na gestão Doria.
Doria também anunciou a extinção da secretaria de Governo. Segundo ele, outras secretarias deixarão de existir em um projeto de sua gestão de tornar a máquina pública mais enxuta. As atribuições da secretaria de Governo serão assumidas pelo vice-governador Rodrigo Garcia (DEM).
"Na área política, na área da articulação institucional e política do governo, o ministro Gilberto Kassab assumirá. Ele que é um dos melhores articuladores políticos do país, junto com uma trajetória de prefeito de São Paulo e ministro de diversas pastas", disse Doria nesta segunda (5) ao anunciar o secretário da Casa Civil.
"Toda a responsabilidade da gestão de governo estará com o Rodrigo. Nós não teremos Secretaria de Governo, não tem necessidade disso. É uma secretaria que não irá existir mais. Caberá ao Rodrigo a estruturação física de sua área de governo sem a necessidade de secretarias. Não haverá acúmulo de secretarias", disse o governador eleito.
Doria também disse que planeja redução do número de secretarias, com a junção de algumas delas, aos moldes do que planeja fazer o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em escala federal.
"Teremos redução. Não vamos anunciar ainda o número final, mas posso confirmar que teremos a aglutinação de algumas áreas para permitir maior eficiência e corresponder ao nosso próprio discurso. Vamos criar um governo mais enxuto, mais focado", completou Doria.
"Até o final de novembro, definiremos os cortes entre as mais de 25 secretarias, autarquias e empresas públicas, desde que isso não afete funções essenciais. A ideia é gastar menos com isso e mais com serviços públicos", afirmou Garcia.
Kassab tornou-se réu em setembro deste ano devido a ação do Ministério Público do Estado de São Paulo que o acusa de ter recebido via caixa dois o valor de R$ 21 milhões durante campanha para prefeito em 2008. Doria e Kassab disseram que as acusações não influenciarão em nada no mandato.
"Confirmo que confio muito na Justiça brasileira, no Ministério Público e na imprensa, e sempre estou à disposição, e podem ter certeza absoluta que todas as minhas ações na vida pública foram pautadas no critério da moralidade e estou muito tranquilo quanto ao resultado final desse julgamento", disse o ministro.
"A nós, obviamente, isso não gera nenhum tipo de problema, ao contrário: ele demonstrou ao longo de sua trajetória como homem público, como presidente do PSD e apoiador de primeira hora da nossa candidatura, [como] um competente m ministro de Ciência, Tecnologia e Comunicação, toda a sua capacidade", afirmou Doria.
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