A Prefeitura de São Paulo decidiu abaixar o lance mínimo para a captação de patrocínio do Carnaval de rua na tentativa de atrair empresas interessadas em organizar os desfiles dos blocos.
Na última terça-feira (22), nenhum interessado apareceu durante a sessão de abertura dos envelopes. Na ocasião, a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) havia fixado o lance mínimo em R$ 19,5 milhões.
Nesta sexta-feira (25), a gestão abriu novo chamamento com valor mínimo de R$ 15 milhões, mesmo valor do patrocínio captado por empresa terceirizada que organizou o Carnaval de rua na capital no ano passado.
O prefeito disse em entrevista à Folha um dia antes que considera injetar dinheiro público no Carnaval de rua caso o novo chamamento termine sem interessados novamente. " Não vamos deixar de ter Carnaval de rua", disse.
Com previsão de público recorde, o desfile de blocos na cidade, neste ano, deve atrair 5 milhões de pessoas, de acordo com a administração. Cerca de 600 blocos foram cadastrados. No ano passado, foram 433.
Diante de uma festa cada maior, porém, as marcas patrocinadoras, as cervejarias quase exclusivamente, não aumentaram a verba de publicidade na mesma proporção e as contas não fecham.
A menos de um mês para a largada do pré-Carnaval, organizadores de blocos ainda estão em busca de patrocínio para colocar a festa na rua. Alguns têm cancelado atrações diante da falta de recursos.
No ano passado, a primeira licitação do Carnaval de rua de São Paulo também não teve interessados. Na ocasião, a prefeitura definiu o lance mínimo em R$ 20 milhões. A proposta de patrocínio só apareceu quando o valor baixou para R$ 15 milhões.
O contrato foi assinado pela empresa Dream Factory, que enfrentou questionamentos do TCM (Tribunal de Contas do Município). O prefeito Bruno Covas (PSDB), na época vice-prefeito de São Paulo, e secretários municipais respondem a processo por improbidade administrativa por acusação de direcionamento da licitação da festa de rua de 2018.
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