PF prende 73 pessoas por extração ilegal de pedras com explosivos na Serra da Canastra

Rejeitos eram despejados dentro do parque em nascentes e leitos de rios

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Belo Horizonte

Uma operação conjunta entre Polícia Federal, Ministério Público Federal e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) prendeu 73 pessoas por suspeita de extração ilegal de pedras no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (20).

Os presos são suspeitos de participar de uma organização que extraía ilegalmente pedras de quartzito dentro da área do Parque da Serra Canastra, onde está a nascente do rio São Francisco, causando degradação ao meio ambiente. A extração do material era feita com explosivos. 

Das prisões, 53 são temporárias e 20 preventivas. Segundo a Procuradoria, vários dos presos já haviam sido autuados por órgãos fiscalizadores e responderam ou respondem a ações por crimes ambientais, porém, acabavam apenas mudando o local de extração do material. 

A área afetada seria equivalente a 180 campos de futebol (181,7 hectares). A investigação de oito meses identificou nove pontos de extração. Segundo a PF, 85% do material era descartado, e esses rejeitos eram despejados dentro da área do parque, incluindo nascentes e leitos de rios que formam a bacia do Rio Grande, que divide os estados de MG e SP. Em época de chuvas, esses rejeitos iam para o lago de Furnas.

Os presos foram levados ao presídio de Passos (MG). As prisões foram expedidas pela Justiça Federal na cidade. Eles serão indiciados pelos crimes de organização criminosa, extração ilegal de minerais e danos ambientais decorrentes da atividade.

Criado em 1972, o Parque Nacional da Serra da Canastra fica em uma região de transição entre a mata atlântica e o cerrado. Ele abriga a nascente do rio São Francisco e tem 84 mil hectares.

 
 
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