Chuva recorde em SP causa transtornos e rodízio é suspenso em dois horários

Segundo Inmet, precipitação acumulada em 24 horas foi de 123,6 mm, maior volume para o mês em 76 anos

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São Paulo

A chuva —em volume recorde para o mês de julho— que atingiu a cidade de São Paulo, da madrugada desta sexta-feira (5) até o início da tarde, provocou pontos de alagamentos, que interditaram trechos da marginal Tietê, de estradas que ligam o interior à capital paulista, e suspendeu o rodízio de veículos.

A circulação de carros com placas final nove e zero foi liberada entre 7h e 10h. O rodízio do final do dia, das 17h às 20h, também foi suspenso, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). As áreas de zona azul, usadas para estacionamento de veículos em vias públicas, também foram liberadas.

Às 20h10, a cidade tinha sete pontos de alagamentos ativos, segundo o CGE da Prefeitura de São Paulo.

De acordo com o órgão, esta foi a tarde mais fria do ano com as máximas oscilando em torno dos 14ºC na cidade. 

Trecho da Marginal Tietê alagado em São Paulo na manhã desta sexta-feira (5)
Trecho da Marginal Tietê alagado em São Paulo na manhã desta sexta-feira (5) - Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress

Parte da marginal Tietê, importante corredor de transporte da capital, foi interditada às 5h40. No sentido Castello Branco, apenas a pista local e a faixa da direita da pista central estão liberadas. Já no sentido Ayrton Senna, a circulação de veículos está acontecendo só na expressa.

De acordo com a CET, a Marginal Tietê acumulava 23 km de congestionamentos em cada um dos dois sentidos por volta das 9h30. Na altura da ponte das Bandeiras, a faixa da esquerda e a via expressa ainda continuavam totalmente bloqueadas. Segundo a prefeitura, uma falha no bombeamento de água da pista para o rio pode ter provocado o problema.

Entre 1h35 e 5h40, o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura) colocou toda a cidade em estado de atenção. 

Outros sete pontos de alagamentos foram registrados na capital nas primeiras horas do dia. Na zona oeste, as avenidas Cardeal Santiago Luís Copello, Engenheiro Roberto Zuccolo, Otaviano Alves de Lima e das Nações Unidas. Na região central, ​as ruas Solimões e dos Americanos. E, na zona sul, a marginal Pinheiros, próximo à ponte do Morumbi. Todos foram classificados como transitáveis para veículos.

A chuva provocou também a interdição do trecho de serra da Tamoios, devido ao risco de queda de barreiras. Segundo a concessionária que administra a rodovia, as alternativas para o motorista são as estradas Oswaldo Cruz e a Mogi-Bertioga.

A rodovia Anhanguera também está interditada nos dois sentidos, no km 36, na região de Cajamar devido a alagamentos. A AutoBan, concessionária responsável pelo trecho, orienta o motorista a pegar a rodovia dos Bandeirantes.

Entre a meia-noite e 8h40, o Corpo de Bombeiros registrou 13 chamados para alagamentos e enchentes; 2 para desmoronamentos e mais 11 quedas de árvores.

As chuvas registradas entre esta quinta e as 7h desta sexta ultrapassaram a média esperada para o mês de julho, que é de 43,5 milímetros. Nesse período, segundo o CGE, choveu 87,4 mm, o equivalente a 102% do previsto.

RECORDE

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia),  o deslocamento de uma frente fria sobre o estado de São Paulo "provocou chuva de moderada a forte durante várias horas, especialmente na faixa centro-leste e nordeste do estado, área da capital paulista."

Segundo o órgão, o acumulado de chuva, em 24 horas, na estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte, foi de 123,6 mm, "recorde absoluto de toda a série histórica para o mês de julho em 76 anos de observação". O maior volume anterior havia sido verificado em 3 de julho de 1976, com 70,8 mm.

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