Governo da Bahia confirma rompimento de barragem

Inundação atinge 40% da área urbana da cidade Coronel João Sá e deixa 350 famílias desabrigadas

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Salvador

Após vistoria realizada por técnicos da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, o governo da Bahia confirmou nesta sexta-feira (12) que houve rompimento na barragem do Quati, em Pedro Alexandre (485 km de Salvador).

A falha na barragem resultou na inundação de cerca de 40% da área urbana da cidade vizinha de Coronel João Sá, que fica numa área abaixo da barragem, deixando pelo menos 350 famílias desabrigadas. Não houve feridos, nem há registro de pessoas desaparecidas. 

Nota enviada à imprensa, inicialmente, dizia que houve apenas um transbordamento da barragem e uma rachadura em suas laterais após as fortes chuvas que atingiram a região. Contudo, a pressão da água teria, na verdade, provocado o rompimento parcial do equipamento. 

A confirmação do rompimento muda o discurso do governo baiano, que nesta quinta-feira (11) chegou a informar que parte da barragem havia rompido, mas depois voltou atrás e disse que houve apenas um transbordamento. 

A barragem foi construída em 2000 pelo governo do estado, mas foi cedida à Associação de Moradores da Comunidade do Quati. Como fica em um rio estadual, a responsabilidade de fiscalizá-la é do Inema, órgão ambiental do governo da Bahia.

Em Coronel João Sá, as famílias desabrigadas foram enviadas para cinco escolas da cidade. O governo da Bahia encaminhou mantimentos e água mineral para as famílias.

Segundo o coordenador da Defesa Civil municipal, Diego Santos, o nível da água já começou a baixar nas ruas centrais da cidade. 

O governo da Bahia ainda informou que irá realizar nova vistoria na tarde desta sexta para verificar a extensão dos danos e ainda vai monitorar a situação de barragens vizinhas ao Quati.

ROMPIMENTOS

No início deste ano, em janeiro, o rompimento de uma barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, deixou mortos e causou destruição no município de Minas Gerais. 

Nesta semana, a Justiça Estadual de Minas Gerais condenou a mineradora a reparar prejuízos causados pelo rompimento.

desastre, considerado um dos mais trágicos da história da mineração brasileira, deixou 247 mortos e 23 desaparecidos, num total de 270 vítimas. Esta é a primeira condenação da mineradora relacionada a esta tragédia.

A decisão foi proferida na terça-feira (9) pelo juiz Elton Pupo Nogueira , da 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias. Na decisão, o magistrado condenou a Vale a reparar os prejuízos provocados pela tragédia.

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