Criado em maio com a missão de levar a outro patamar a cultura de doações no Brasil, o Movimento Bem Maior acaba de formalizar o financiamento de R$ 1 milhão para uma iniciativa de formação digital em bibliotecas.
As ações serão desenvolvidas pela organização social Recode, que já atua na área. Junto com o aporte, as duas entidades abriram um chamado para pessoas doarem mais R$ 1 milhão para ampliar o alcance do projeto, em um “matchfunding” (algo como financiamento combinado, em inglês).
Ainda pouco usado no Brasil, o mecanismo une, em prol de uma iniciativa, o financiamento feito por indivíduos ao realizado por alguma instituição ou empresa.
O Movimento Bem Maior foi fundado pelo filantropo bilionário Elie Horn, dono da construtora Cyrela, por Eugenio Mattar, da Localiza, pelo apresentador Luciano Huck e por Rubens Menin, da MRV. Sua meta é dobrar o volume de doações no Brasil em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) em dez anos.
O investimento nas bibliotecas envolve ainda a Fundação Bill & Melinda Gates, que apoia o projeto da Recode desde o início, em 2015.
Entre as ações desenvolvidas, está a formação de profissionais para uma atuação conjunta com comitês de jovens em bibliotecas públicas e comunitárias.
Eles deverão elaborar uma programação com foco em tecnologia, empreendedorismo e desenvolvimento de habilidades socioemocionais como comunicação, colaboração e resolução de problemas.
A ONG estima que, a cada R$ 50 mil doados, cem jovens serão impactados.
O edital para bibliotecas interessadas em participar da ampliação do programa será aberto ainda neste mês. Para se candidatar, elas devem ser públicas ou comunitárias, ter CNPJ válido e ao menos dois computadores com acesso à internet para uso dos frequentadores.
“Estamos aqui para fazer o bem. A parceria com a Recode e Fundação Bill e Melinda Gates é para transformar vidas e abrir portas para mais gente que também quer fazer o bem”, diz Horn.
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