Crivella exonera secretário indicado por presidente da Câmara

Secretaria de Conservação e Meio Ambiente é extinta

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Rio de Janeiro

Três meses depois de se livrar de um impeachment, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), extinguiu, nesta quinta-feira (3), a Secretaria de Conservação e Meio Ambiente, encarregada do atendimento a demandas dos vereadores.

Com a decisão —publicada à tarde no Diário Oficial— Crivella tira poder do presidente da Câmara, Jorge Felippe (MDB), e o transfere para um homem de sua confiança: o engenheiro Sebastião Bruno, que já comandava a Infraestrutura e a Habitação.

Sob seu comando funcionará a recém-criada Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação, assumindo ações como o de tapa-buraco. 

Padrinho político do ex-secretário de Conservação Roberto Nascimento Silva, Jorge Felippe soube da extinção do cargo horas antes de sua publicação no DO.

A Folha apurou que Crivella estaria contrariado, não só com o ritmo do titular da extinta Secretaria de Conservação, mas também com a movimentação de vereadores do chamado Centrão em apoio a potenciais adversários na disputa pela Prefeitura do ano que vem. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação informou que passa a agregar a estrutura da antiga secretaria de Conservação —transformada em subsecretaria— para dar agilidade aos serviços.

"A decisão foi de cunho de gestão, para unir numa mesma estrutura as ações de infraestrutura, conservação e manutenção da cidade, agilizando a capacidade de resposta e melhorando e unindo o gerenciamento das políticas públicas".

Relação com a Câmara Municipal

A relação de Crivella com a Câmara Municipal é conflituosa desde 2017. Crivella teve o mandato ameaçado por duas vezes.

Em julho do ano passado, a Câmara analisou pedido de impeachment por suposto favorecimento a evangélicos no acesso a serviços públicos. O processo não conseguiu os 26 votos necessários.

Em abril deste ano, novo processo foi aberto. Desta vez, o prefeito foi acusado de renovar ilegalmente três contratos de concessão para instalação e exploração de publicidade no mobiliário urbano.

As articulações para retirar o prefeito do cargo começaram após Crivella passar a descumprir uma série de acordos firmados com vereadores. Os  membros da Câmara também se queixam de falta de espaço para solicitação de obras e serviços em suas bases eleitorais.

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