Sobe para dois o número de mortos em desabamento de prédio em Fortaleza

Nove pessoas continuam desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros

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Fortaleza

O Corpo de Bombeiros confirmou na manhã desta quarta-feira (16) a segunda morte causada pelo desabamento de um prédio residencial de sete andares em Fortaleza. O corpo encontrado é de uma mulher, ainda não identificada.

​​O desabamento do edifício residencial Andrea, de sete andares, ocorreu na manhã desta terça-feira (15) no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. O corpo da segunda vítima ainda não foi retirado dos escombros. Até o momento, conforme os bombeiros, foram registradas duas mortes.

A primeira morte foi confirmada no início da madrugada desta quarta pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social. Frederick Santana dos Santos tinha 30 anos e não resistiu aos ferimentos. Ele estava em um mercado ao lado do edifício Andrea atingido pelos escombros. 

Outras nove pessoas foram resgatadas com vida e encaminhadas a hospitais. Há ainda nove desaparecidos com base em reclamação de familiares, totalizando 20 vítimas. 

As buscas continuaram durante toda a madrugada, com ajuda de refletores. O barulho dos geradores, porém, dificultavam contatos com possíveis sobreviventes. Sete imóveis vizinhos aos escombros foram interditados pela Defesa Civil na manhã desta quarta, após terem sido encontradas rachaduras. Os moradores serão enviados a abrigos e receberão auxílio financeiro da prefeitura.

Nesta terça, Eduardo Holanda, comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará, disse que as buscas serão feitas até que todos sejam encontrados. “Estamos trabalhando num primeiro momento manualmente, procurando pelas frestas e tentando contato com as vítimas. Maquinário pesado só entra depois das primeiras 24 horas”, disse.​ 

O edifício Andrea tinha dois apartamentos por andar e um na cobertura, 13 no total. Era antigo e grande e, segundo vizinhos, moradia de muitos idosos. No momento do desabamento, barulho e fumaça chamaram a atenção da vizinhança toda. 

O edifício não tinha porteiro, apenas um zelador que poderia ser acionado em caso de problemas. Havia segurança inteligente, contratada de uma empresa, mas relatos mostram que além da obra estrutural que estava sendo feita em pilares do prédio, e que será investigada se é a causa do desabamento, moradores dividiam o apartamento grande, de cerca de 140 metros cada, em dois, principalmente para alugar. 

Um deles com essa modificação, no primeiro andar, estava sendo oferecido há cerca de um ano por R$ 1.000 o aluguel mensal. 

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