Pertenceu ao comerciante Manoel Lima Paiva a honra de interpretar, pela primeira vez, em 1973, o hino do seu clube do coração, o Fortaleza Esport Clube, composto por Jackson de Carvalho, que foi um dos seus diretores, com arranjos de Manoel Ferreira.
O filho de Carvalho, o administrador de empresas, Roberto de Carvalho, 54, afirma que Paiva era um torcedor abnegado do Fortaleza. “Ele tornou o hino consagrado em sua voz.”
“Tinha apenas quatro anos na época, mas lembro que meu pai já havia ouvido o Manoel cantar nas festas e conhecia o seu timbre de voz, por isso fez o convite.”
A esposa do intérprete, a professora Maria Mírian Paiva, 77, diz que Carvalho era dentista do seu marido e sempre elogiava a beleza de sua voz.
O convite foi aceito por duas vezes. Além da primeira interpretação, em 1983, veio a oportunidade de regravação.
Paiva nunca pensou em investir na carreira de músico. O gosto pela cantoria ficava no âmbito familiar, durante os momentos de lazer, na companhia do violão e sem compromisso com a perfeição.
Manoel Lima Paiva morreu no dia 27 de outubro, aos 77 anos, de parada cardíaca. Deixa a esposa, cinco filhos e cinco netos.
O presidente do Fortaleza Esporte Clube, Marcelo Paz, disse que Paiva foi tão importante para o clube quanto o hino.
“Sua contribuição foi grande, importante e histórica. Existem outras versões interpretadas por artistas consagrados, como o Fagner, por exemplo, mas consideramos oficial a do Manoel”, relata.
“É a preferência de 90% dos torcedores do Fortaleza”, completa Carvalho.
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