Descrição de chapéu Obituário Isilda Pereira da Silva Neto (1929 - 2020)

Mortes: De Portugal ao Brasil, guiou os netos e fez a família feliz

Uma das missões mais importantes de Isilda Pereira da Silva Neto foi a de guiar os netos para o caminho do bem e dos objetivos escolhidos

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São Paulo

Na busca pelos sonhos, Isilda Pereira da Silva Neto nunca olhou para trás. Sempre foi obstinada.

Sua história começou em Aveiro, Portugal. Ela, o marido e a filha decidiram vir ao Brasil em 1956, movidos pelo fato de, na época, o país ser considerado a terra das oportunidades. A viagem difícil de navio foi um prenúncio dos tempos que viriam pela frente.

Isilda tornou-se a líder da família. Em São Paulo, trabalhou como empregada doméstica e o marido, como pedreiro. Mais tarde, foram donos de padaria, de uma quitanda, de um pequeno mercado e de uma banca de jornal.

Isilda Pereira da Silva Neto (1929-2020)
Isilda Pereira da Silva Neto (1929-2020) - Arquivo pessoal

Isilda era o braço direito do marido. "Quase diariamente, ela acordava às 4h para buscar as revistas na editora Abril. Ia de transporte público e carregava as publicações nas costas. Minha avó nunca reclamou", conta o neto, o jornalista Rodrigo Rainho, 42.

Quando se aposentaram, resolveram se mudar para São Pedro (a 192 km de SP). Isilda tomou gosto pelo artesanato.

Instalados no bairro rural Floresta Escura, diariamente ela e o marido caminhavam 14 km até o centro da cidade para comercializarem as peças produzidas em casa. Eles ficaram conhecidos como "os portugueses da Floresta Escura".

Convencer dona Isilda de algo nunca foi tarefa fácil, pela personalidade forte e teimosia em abundância.

Uma das suas missões mais importantes foi a de guiar os netos para o caminho do bem e dos objetivos escolhidos.

"Ela era otimista. Mostrou seu amor por nós por meio do incentivo e nos ensinou a correr atrás dos sonhos sem olhar para trás", afirma Rodrigo.

Isilda utilizava o dom da palavra para divulgar os preceitos da Bíblia, e assim, mostrava a importância de ter a alma ligada à fé e à elevação espiritual. Guiou a família nesse sentido.

Isilda Pereira da Silva Neto morreu no dia 12 de maio, aos 91 anos, de infecção generalizada. Deixa uma filha e dois netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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