O ministro da Saúde, Nelson Teich, visitou o Rio de Janeiro nesta sexta-feira (8) e defendeu que se foque em cuidados mais básicos para que os pacientes com o novo coronavírus não precisem de leitos de UTI (unidade de terapia intensiva).
“Eu vi o que está sendo feito na parte de cuidado. Estratégias para tentar diminuir a gravidade da doença para a população. Evitar que as pessoas precisem tanto de terapia intensiva, isso vai diminuir a nossa necessidade de qualquer cuidado mais sofisticado”, disse ele, após visitar o hospital de campanha da prefeitura no RioCentro, na Barra da Tijuca.
Teich, que é carioca, falou por menos de dois minutos com a imprensa e não abriu espaço para perguntas. Afirmou apenas que se tratava de “uma visita de trabalho” e que vai conversar com pessoas das três esferas da saúde (municipal, estadual e federal) para definir estratégias conjuntas.
O Rio tem a maior rede federal do país, com seis hospitais e três institutos. A única unidade federal definida como referência para a Covid-19, o Hospital de Bonsucesso, passa por uma série de problemas e até agora só abriu 47 dos 170 leitos previstos, por falta de profissionais que deveriam ser contratados pelo ministério. Teich deve visitá-lo neste sábado (9).
Pela manhã, o ministro estava ao lado do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e de deputados federais bolsonaristas como Luiz Lima (PSL-RJ), Doutor Luizinho (PP-RJ) e deputados estaduais como Alana Passos e Márcio Gualberto (PSL).
À tarde, ele se reuniu com o governador fluminense Wilson Witzel (PSC) no hospital de campanha do estádio do Maracanã, que será inaugurado neste sábado com 40 dos 400 leitos previstos. Novamente, Teich saiu sem falar com a imprensa.
Witzel prometeu inaugurar dez hospitais de campanha ou modelares em abril, mas até agora só abriu um no Leblon (zona sul), e ainda assim com menos da metade das 200 vagas previstas. O estado do Rio já vive uma situação de colapso na saúde, com mais de mil pessoas na fila por leitos de enfermaria ou UTI.
Nesta quinta (7), o estado do Rio de Janeiro registrou, pela primeira vez, mais mortes por coronavírus em 24 horas do que São Paulo.
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