A história da professora, socióloga e escritora Júlia Falivene Alves na educação começou com sua mãe, a dona de casa Ângela Falivene Alves. Além do incentivo, Ângela a ensinou a soltar a imaginação para escrever.
Nascida em Campinas (93 km de SP), Júlia formou-se ciências sociais na PUC de sua cidade natal. Tornou-se professora e também repórter de alguns jornais do interior.
Lecionou história em escolas públicas do interior e da capital paulista.
O jeito peculiar de ministrar aulas encantava alunos. Com gentileza e alegria, aguardava em pé um a um tomar o lugar na classe. A doçura ao passar seus conhecimentos fazia com que os alunos viajassem.
Júlia foi casada durante alguns anos. Em meados de 1970, ela e o marido decidiram morar na Alemanha, país em que ficaram por cerca de dois anos. De volta ao Brasil, ela retomou o cargo de professora.
Em 1992, entrou para o Centro Paula Souza, onde coordenou o projeto "Historiografia das Escolas Profissionalizantes Mais Antigas no Estado de São Paulo". Foi o ápice da sua alegria em trabalhar com educação. "Ela contribuiu para a pesquisa e formação de professores do ensino técnico", conta a musicista Elaine do Valle, 70, sua amiga.
No Centro Paula Souza, Júlia foi responsável pela disciplina de história e coordenadora e professora de cursos de formação continuada em práticas pedagógicas, entre outras atividades.
A carreira de escritora nasceu em 1988, junto com o primeiro livro: "A Invasão Cultural Norte Americana". Outras sete obras foram escritas por Júlia. A admiração pela sétima arte corria no sangue. O avô Amilar Alves, dramaturgo e cineasta, fez o primeiro longa-metragem no Brasil.
O tempo passou e a saúde ficou debilitada. Júlia Falivene Alves morreu dia 25 de maio, aos 76 anos, por complicações de um câncer de endométrio.
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