Descrição de chapéu Coronavírus

SP muda regras e comércio poderá funcionar duas horas a mais

A mudança, que é opcional, obrigará fechamento por três dias na semana

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São Paulo

O governo de São Paulo decidiu mudar as regras de funcionamento do comércio de rua e de shoppings dos municípios que se encontram na fase laranja, segundo o Plano São Paulo.

O anúncio foi feito pela Patrícia Ellen, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona sul).

A partir da próxima semana, o comerciante poderá optar entre abrir sete dias na semana durante quatro horas, como é hoje, ou funcionar por seis horas, mas somente quatro dias na semana.

“Nós fizemos a avaliação da operação que existe hoje recomendada de 4 horas com o funcionamento de 20% da capacidade e o ponto que o Centro de Contingência colocou aqui como opcional seria o funcionamento por seis horas durante quatro dias úteis, operando quatro dias, fechando três dias, funcionamento de seis horas, para que isso viabilize um melhor planejamento do comércio e garantindo a segurança pelo aspecto de saúde”, afirmou Patrícia Ellen.

O detalhamento da flexibilização será divulgado em decreto a ser publicado nos próximos dias.

Outra mudança anunciada vale para Itaquaquecetuba (Grande São Paulo). Devido às altas taxas de ocupação de leitos, bem acima de 80% segundo o novo coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, e aumento de internações, os indicadores do município foram reavaliados pelo centro de contingência, que decidiu devolvê-lo à fase vermelha, a mais restritiva. Neste caso, funcionam apenas os serviços essenciais.

O sexto período da quarentena começou no dia 29 de junho e vai até 14 de julho. Os critérios que embasam as tomadas de decisões para a reabertura das atividades econômicas são a média da taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19; número de leitos UTI Covid-19 por 100 mil habitantes; e taxas de acréscimo ou decréscimo de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior.

Segundo projeções do Centro de Contingência do Coronavírus, o estado de São Paulo pode ter entre 18 mil e 23 mil mortes por Covid-19 até a metade de julho, e 335 mil a 470 mil infectados.

Desde o início da pandemia até esta quinta-feira (2), o estado somou 302.179 casos da doença, de acordo com dados apresentados pelo secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann.

O número de infectados é 3,1%% maior que o registrado nesta quarta (1), quando chegou a 289.935. Em 24 horas, foram confirmados 12.244 novos casos e 321 novas mortes.

Os óbitos também tiveram alta, de 2,1%, passando de 15.030 para 15.351. A taxa de letalidade pela doença está em 5,1%.

Menezes explica que mais de 1/4 dos casos confirmados nas últimas 24 horas são leves. Ele atribuiu a alta dos casos ao aumento dos testes sorológicos processados e maior capacidade de testagem por RT-PCR na rede pública.

"Hoje nós tivemos 30% de testes rápidos, então um total de pouco mais de 8.800 testes RT-PCR. Quando nós olhamos o processamento de amostras de RT-PCR pela rede laboratorial nos últimos dias, existe um aumento importante. Hoje, a rede está processando em torno de 5.000 amostras por dia —há poucas semanas estava numa faixa de 2.500. Nós distribuímos para os municípios recentemente 250 mil kits de swab para terem uma maior capacidade de coleta desses exames. Então acho que nós estamos vendo também esse reflexo do aumento de testagem dos casos leves", afirma Menezes.

Desde o início da pandemia até 30 de junho, o estado somou 289.935 casos e 15.030 mortes. O resultado está dentro da projeção feita para o mês.

O estado tem 13.953 internados com suspeita ou confirmação da doença, sendo 8.331 em enfermarias e 5.622 em unidades de terapia intensiva. As taxas de ocupação de leitos de UTI estão em 64,1% no estado e 64,7% na Grande São Paulo.

Em junho, 142 pacientes foram transferidos do interior para a Grande São Paulo — 88 de Campinas, 45 de Sorocaba, sete de Taubaté e dois de Piracicaba —e 18 da Baixada Santista.

A secretaria também divulgou o número de recuperados da doença no estado: 162.851 pessoas. Destas, 45.303 ficaram internadas em hospitais da rede estadual e receberam alta.

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