Descrição de chapéu Obituário Alzira Padilha Domingues (1932 - 2020)

Mortes: Corintiana fanática, também era acolhedora e solidária

Alzira Padilha Domingues viveu para se dedicar à família

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São Paulo

A dona de casa Alzira Padilha Domingues era solidária. Além de auxiliar em projetos sociais, pacientemente dava conselhos e orientações a todos que pediam sua ajuda, o que ela classificava como um ato de amor.

Alzira também acolhia pessoas em seu lar. Fez isso com as sobrinhas quando ficaram órfãs e com jovens que vinham do interior para estudar.

Nascida em Itararé (345 km de SP), aprendeu cedo a importância do trabalho. A família morava na roça. O pai lidava com agricultura; a mãe cuidava dos filhos e produzia farinha de milho caseira para vender.

Alzira Padilha Domingues (1932-2020)
Alzira Padilha Domingues (1932-2020) - Arquivo pessoal

A busca por uma vida com mais oportunidades motivou a vinda de todos para São Paulo, em 1950.
Chegou à capital aos 18. A maioridade lhe trouxe duas conquistas: um emprego como costureira e o futuro marido, Aparecido Silvestre Domingues, vizinho de parentes que já residiam em São Paulo.

Assim que a conheceu, ele largou a noiva para se casar com Alzira. O casal teve cinco filhas —duas delas morreram com 50 dias de diferença: a primeira num acidente automobilístico, aos 34 anos, e a outra com câncer, aos 42.

Marcavam em Alzira o temperamento forte, exigente, e a braveza. Mesmo com esse pacote de características, jamais se desentendia com as pessoas. Religiosa, cristã e muito correta, sempre carregou os bons princípios ao longo da vida.

Na escola, estudou até a antiga quarta série primária, mas o gosto pela leitura a acompanhou até seus últimos dias. Em sua casa, era fácil encontrar obras de Alexandre Dumas e de Victor Hugo, entre outros clássicos.

Admirável também era o seu fôlego de torcedora do Corinthians. Com a bola em campo, Alzira intercalava comentários inteligentes com o som da vuvuzela.

Segundo o neto, o executivo de contas Leonardo Domingues Machado, 28, ela acompanhava os campeonatos e a performance de todos os times.

Com a pandemia, Alzira seguiu os protocolos contra a Covid-19, mas precisou ir a um hospital e foi infectada pelo novo coronavírus. Morreu no dia 8 de setembro, aos 87, em decorrência da doença. Viúva, deixa três filhas, oito netos e sete bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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