Descrição de chapéu Obituário Amir Khair (1940 - 2020)

Mortes: Atuou em prol da justiça e igualdade aos vulneráveis

Amir Khair foi secretário de Finanças da cidade de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1992)

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São Paulo

Até o último dia de vida, Amir Khair dedicou seus conhecimentos em favor da igualdade, da justiça e da inclusão social e econômica.

Ao lado do homem público —era engenheiro eletrônico formado no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e mestre em Finanças Públicas pela FGV (Fundação Getulio Vargas)—, que sabia combinar harmoniosamente os números, a inteligência e as soluções para grandes problemas financeiros, como os juros altos e lucros bancários, vivia um ser humano alegre, de ótima conversa, com muitos amigos e generoso.

Carioca, com a bola em campo, era flamenguista. No quesito talento, as teorias políticas dividiam espaço com o aeromodelismo. Seu filho, o defensor público Renato Isnard Khair, 50, lembra que ele tinha em sua casa uma oficina para o hobby.

Amir Khair (1940-2020)
Amir Khair (1940-2020) - Arquivo pessoal

Amir Khair começou a carreira na Petrobras e passou por algumas empresas até entrar na política, na gestão do PT, como secretário de Planejamento em Diadema.

Foi secretário de Finanças da cidade de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1992). Na mesma época, presidiu a Associação Brasileira dos Secretários de Finanças.

Para a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), criou um sistema de acompanhamento de gestão fiscal. Também foi consultor financeiro para as prefeituras de Guarulhos (SP), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA), entre outras.

Publicou dois livros em vida; outros três devem sair em breve. Além disso, participou indiretamente de outras obras.

A bandeira da transparência a favor da ética o colocava como referência para a imprensa em assuntos relacionados a finanças públicas.

“Ele tinha uma capacidade intelectual incrível. Não era apenas um crítico, um teórico. Fazia análises dos problemas e apresentava as alternativas e soluções. Ele foi bem-sucedido na área pública e na área privada, pelo idealismo e pelo desejo de melhorar o país, sobretudo aos mais vulneráveis”, diz Renato.

Atualmente, gerenciava páginas em redes sociais para divulgação de ideias na política e finanças públicas e colaborava para a campanha do PSOL à Prefeitura de São Paulo, chapa que reúne Guilherme Boulos a sua amiga Luiza Erundina, como sua vice.

Amir morreu no dia 11 de setembro, aos 80 anos. Dormiu e não acordou. Deixa dois filhos e dois netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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