Descrição de chapéu Obituário Monique Yvette Aron Chiarella (1946 - 2020)

Mortes: Querida por alunos, fez história ao ensinar francês

Monique Yvette Aron Chiarella também dedicou-se à tradução de textos da língua francesa

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São Paulo

Após seus 40 anos de idade, a professora de francês Monique Yvette Aron Chiarella ficou mais sedentária, mas ainda assim manteve as aulas de Pilates.

Da infância ao início da idade adulta, estudou dança. Na adolescência, praticou o único esporte de que gostava: vôlei. Ainda havia tempo para dedicar-se aos estudos e ao piano, que também apreciava.

Mais velha de quatro irmãos, Monique nasceu em São Paulo, em uma família de classe média francesa.
Em 1965, ingressou em Letras Clássicas na USP, mas a oportunidade de estudar na França a fez trancar a matrícula no ano seguinte.

Monique Yvette Aron Chiarella (1946-2020)
Monique Yvette Aron Chiarella (1946-2020) - Arquivo pessoal

Monique ganhou uma bolsa de um ano do governo francês ao vencer o concurso nacional da Aliança Francesa no Brasil, para prosseguir os estudos de Literatura e Língua Francesa na Universidade de Bordeaux (França).

No período, morou num alojamento da cidade universitária para estrangeiros. Por opção, se manteve longe do charme de Paris, porque não gostava da agitação dos grandes centros.

A dedicação aos estudos rendeu-lhe a renovação da bolsa por mais um ano e o retorno a São Paulo ocorreu no início de 1970.

Por décadas, Monique lecionou na Aliança Francesa. Também gravou aulas para o curso de Francês ministrado pela TV Cultura e integrou bancas preparatórias de questões do idioma para o vestibular da Fuvest.

Depois, trabalhou com traduções e versões de textos, muitas das quais em parceria com uma das irmãs, Lise, e deu aulas particulares de francês.

Entre os alunos, havia médicos, candidatos a carreira diplomática e jornalistas —em 1998, Monique atendeu um grupo antes da Copa do Mundo de Futebol realizada na França.

Casou-se com o professor universitário Donato Chiarella. A vida presenteou o casal com um filho, duas netas e muitas alegrias ao longo de 50 anos.

Segundo o irmão, o jornalista e advogado André Aron, 66, Monique era reservada, de poucos amigos.

Era apaixonada pelo filho, pelas netas e por flores, em especial as orquídeas do jardim de sua casa, hobby que herdou do pai.

Monique morreu dia 24 de setembro, aos 73 anos. A causa não foi informada. Deixa o marido, um filho, a nora, duas netas, irmãos, cunhados e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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