Descrição de chapéu Coronavírus datafolha

Pandemia está melhorando para 66% em SP, e 39% aprovam atuação de Covas, mostra Datafolha

Apenas 30% se mantêm em quarentena, mas maioria quer escolas fechadas, diz Datafolha

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Dois de cada três paulistanos avaliam que a situação da pandemia está melhorando em São Paulo, aponta pesquisa Datafolha, e menos de um terço se diz ainda em quarentena.

A avaliação de que a situação está melhor ​é majoritária em todos os grupos, mas é puxada por homens (73%) e pessoas que ganham mais que cinco salários mínimos (também 73%). Já entre mulheres, a proporção cai para 61%, e entre mais pobres cai para 60%.

Entre os entrevistados, 13% diz que a situação não está melhorando nem piorando, e 18% dizem que está pior. O restante não opinou.

Modelo estatístico usado pela Folha considera desacelerada a Covid-19 na capital paulista, com número de novos casos em queda. Nos últimos sete dias, a cidade registrou uma média de 483 novos casos, menos de um sexto do registrado no meio de agosto, pico em que a média de novos casos em uma semana chegou a 3.217. A média de novas mortes em 7 dias, 24 na última quinta, também estava bem abaixo do que foi registrado no fim de junho, número que chegou a 111.

Além do número de novos casos e mortes pela Covid-19, outro indicador importante para saber a situação da pandemia em uma região é a ocupação de leitos hospitalares. Dados do governo estadual apontam que 58% dos leitos de UTI (Unidade de Terapira Intensiva) na região metropolitana de SP estão livres, assim como 64% dos leitos de enfermaria. Esse número chegou a ser menor que 10% em maio deste ano.

Para 39% dos eleitores, o desempenho do prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição, foi positivo no combate à doença. A aprovação oscilou positivamente em relação a pesquisa feita em setembro, quando 37% avaliavam bem a atuação do prefeito frente à pandemia.

O Datafolha mostra que somente 3 em cada 10 paulistanos se diz em quarentena. Do total, 29% diz sair de casa só quando é inevitável e 1% diz não sair nunca. O restante diz que sai de casa, mas com cuidado (59%), ou que está vivendo a vida normalmente (11%).

O total de pessoas em quarentena também é maior entre mulheres (67%) e os que têm renda maior que 10 salários mínimos (44%) —pesquisa IBGE divulgada em agosto mostrou que a proporção de pessoas que podem trabalhar de casa é maior em cargos de gestão ou qualificados. Os jovens são os que mais saem de casa (82% diz que vive a vida normal ou que sai de casa tomando cuidado).

O governo de São Paulo também monitora o isolamento com base em dados de celulares. No sistema do governo, a capital aparecia com 40% de isolamento na última quarta (7). O índice é feito com dados de empresas de telefonia celular, que medem quantas pessoas se deslocaram mais de 200 metros de onde o aparelho estava entre as 22h e as 2h, horário em que supostamente a pessoa estaria em casa.

O Datafolha ouviu 1.092 eleitores com 16 anos ou mais na cidade de São Paulo nos dias 5 e 6 de outubro. a margem de erro máxima da pesquisa é de 3 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

ESCOLAS, SHOPPINGS E BARES

Apesar da situação melhor, ainda não é momento de reabrir escolas, dizem os entrevistados. A pesquisa mostra que 76% dos paulistanos apoiam o fechamento dos colégios, índice que se manteve estável ao de pesquisa feita duas semanas antes. Hoje, esse número passa dos 80% entre as famílias com estudantes na rede pública. Do outro lado, 22% defendem a reabertura, e 2% disseram não ter opinião sobre o assunto.

A prefeitura de São Paulo autorizou a abertura das escolas da cidade desde a última quarta-feira (7), mas apenas para atividades extracurriculares, não para as aulas regulares, e com capacidade limitada a 20% dos alunos.

Também se mantém estável a proporção de pessoas que se sentem muito seguras (20%) ou um pouco seguras (46%) para trabalhar. Já para 32%, isso não é nada seguro.

A opinião majoritária também é de que não é nada seguro ir a shoppings (52%) ou a bares e restaurantes (63%). Esses estabelecimentos foram os primeiros a serem reabertos, por pressão de setores do comércio, enquanto a cidade ainda estava em fase acelerada da pandemia. Essas atividades são consideradas por especialistas como de risco moderado ou alto quando acontecem em ambientes fechados, onde a contaminação é mais fácil.

Além disso, 69% disseram que não se sentiriam nada seguros para ir ao cinema. A cidade entra neste sábado (10) na fase verde do plano montado pelo governo, quando cinemas já poderão ser reabertos, com capacidade reduzida, além de que shoppings poderão abrir por mais tempo.

Também são maioria os que dizem se sentir inseguros em ir a igrejas (43%) ou à praia (62%).

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.