Descrição de chapéu Obituário Maurizio Longobardi (1961 - 2020)

Mortes: Pioneiro, aqueceu a noite do centro de SP com sofisticação

Empresário da noite paulistana, Maurizio Longobardi foi um entusiasta do funk tradicional e do samba-rock

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Os quase 30 anos no Brasil fizeram do fotógrafo italiano Maurizio Longobardi uma das figuras mais importantes da cultura e do entretenimento de São Paulo.

Longobardi atribuiu charme e sofisticação à noite paulistana ao comandar espaços badalados com propostas musicais ousadas.

Vindo de Milão, em 1989, Maurizio desembarcou no Brasil para rodar o documentário “O Brasil Grande e os Índios Gigantes”.

Maurizio Longobardi (1961-2020)
Maurizio Longobardi (1961-2020) - Mastrangelo Reino - 23.dez.2009/Folhapress

O sucesso e o reconhecimento vieram quando se tornou empresário da noite. As casas Brancaleone (primeiro bar voltado à black music de SP), Grazie a Dio e Studio SP, entre outros, marcaram época.

“O Maurizio nunca perdia a ternura, apesar de parecer durão. Era um cara muito presente, atento aos acontecimentos e nunca se furtava a dar uma opinião. Contei com ele como um conselheiro. Ele foi meu irmão mais velho”, afirma o amigo e ex-sócio Alê Youssef, gestor cultural e ex-secretário municipal de Cultura de São Paulo.

Ambos se conheceram na década de 2000 e foram sócios no badalado Studio SP. “O Maurizio foi um entusiasta do funk tradicional e do samba-rock. As casas dele foram importantes para o renascimento desses dois gêneros”, diz Youssef.

Segundo ele, a ideia de migrar o Studio SP, da Vila Madalena (zona oeste), para a rua Augusta, no centro, partiu de Maurizio. “Ele trouxe uma ideia de transformação urbana do centro a partir da cultura.”

Encerrado em 2013, o Studio SP se transformou em um dos pontos de referência da revitalização da área que ficou conhecida como Baixo Augusta.

“Ele foi importante para a cultura da cidade e fundamental para os movimentos sociais urbanos que se consolidaram a partir dos anos 2000”, diz Alê Youssef.

Maurizio Longobardi morreu no dia 18 de novembro, aos 59 anos, por complicações de um câncer no pâncreas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.