A Covid-19 colocou um ponto final na história de Nelly Biato Gnattali.
Assim como na dança, na ópera, nos clássicos ou no teatro, sua vida foi dividida em dois atos.
No primeiro, dedicou-se às artes. Pianista, musicista, atriz, radioatriz e cantora, durante os anos de 1950 e 1960 atuou profissionalmente na rádio, na televisão e no cinema sob o pseudônimo de Nelly Martins.
Entre as décadas de 1950 e 1960, participou dos filmes “Metido a Bacana”, “Garota Enxuta”, “Pé na Tábua”, “Os Três Cangaceiros”, “Tudo Legal”, “O Beijo” e “Bom mesmo é Carnaval”.
Nascida em 10 de agosto de 1936, no Rio de Janeiro, Nelly teve dois casamentos. Era viúva do maestro Radamés Gnattali, sua segunda união.
Nelly era formada em piano pela Escola de Música da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Segundo o instrumentista, arranjador e compositor brasileiro Roberto Gnattali, em 1968, já morando com Radamés, Nelly abandonou a carreira artística.
Formou-se em fisioterapia e, mais tarde, em 1980, em medicina, pela Universidade Gama Filho.
“Durante dez anos, de 1969 a 1979, Radamés e Nelly formaram um duo de pianos, gravaram um belo e raro LP na gravadora Codil e participaram de concertos, programas de rádio e televisão”, conta Roberto.
O casal formalizou a união em 26 de outubro de 1978, no Rio de Janeiro.
Nelly morreu no dia 28 de janeiro, aos 85 anos. Quatro dias antes, perdera o único filho, do primeiro casamento, o engenheiro e cantor Luiz Antônio Pereira dos Santos, 62, também por complicações da Covid-19.
Na mesma semana, o maestro Radamés Gnattali completaria 115 anos se estivesse vivo. Ele morreu em fevereiro de 1988.
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