Descrição de chapéu Obituário André Naveiro Russo (1971 - 2021)

Mortes: Genial na comunicação, dos amigos foi o melhor companheiro

André Russo trabalhou durante 19 anos na Bandeirantes e atualmente apresentava programa na Rádio Capital

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São Paulo

Quem conhecia o André Russo conseguia identificar quando ele se aproximava. Com voz marcada pelo sorriso, falava cantando e arrastava um pouco a última sílaba das palavras.

Com o microfone em mãos, dicção e entonação perfeitas. André emprestava leveza com a qual levava a vida para o noticiário. Foi brilhante.

Amigo, gentil e engraçado, era dono de piadas inteligentes e cenas hilárias. Esta repórter foi privilegiada com sua amizade desde o início dos anos 2000, nas aulas de axé music na academia.

O André não acertou o rebolado nas aulas, mas na vida dançou lindamente todos os ritmos que marcaram sua trajetória.

André Naveiro Russo (1971-2021)
André Naveiro Russo (1971-2021) - Reprodução/Facebook do André Russo

“Não conta para ninguém que você está me vendo fazer isso, hein?!”, dizia sempre a esta repórter. Foi necessário quebrar a promessa, porque as pessoas precisam saber que André tinha muitas qualidades, mas um defeito: não acertava o axé.

A humildade, alegria e generosidade sempre pautaram seu caminho. Jornalista, publicitário e professor universitário, André trabalhou 19 anos na Rádio Bandeirantes AM.

Desde fevereiro deste ano apresentava o programa Expresso Capital, na Rádio Capital (1040 AM e 77,5 FM), ao lado do jornalista e professor Wagner Belmonte, amigo havia 38 anos.

Atualmente, também lecionava no Centro Universitário Belas Artes e na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

André era mestre em Comunicação e estava perto de defender sua tese de doutorado.

Na Bandeirantes teve atuação marcante ao coordenar o projeto Escola Voluntária, em parceria com o Itaú, o qual mostrava exemplos de boas práticas de educação pelo país. “Isso trouxe um fascínio pessoal muito grande a ele por acreditar na educação”, conta Wagner.

“Conheci o André em 1983 no Santo Agostinho. Ele sempre foi muito correto, honesto e íntegro. Nunca deu um perdido na chefia e nem em ninguém. Ele era criativo, generoso e de alma pura. Sua capacidade de acreditar e extrair o melhor das pessoas era inspiradora.”

“Nós estávamos juntos na empreitada da vida. Nossa história é de irmão. Quantas pessoas você conhece na vida que tem amizade de 38 anos?”, diz.

André Russo morreu dia 20 de junho, aos 50 anos, por complicações da Covid-19. Ele era casado com a Fernanda Russo e não tinha filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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