Quem não se lembra do simpático garoto negro cuja foto estampada numa embalagem de chocolate marcou décadas?
A criança era Paulo Augusto Cruz, que mais tarde viria a ser conhecido como Paulo Pompeia. Ele estampou a campanha publicitária da Chocolate Pan, em 1959, quando a empresa lançava o produto conhecido como cigarrinho de chocolate.
O sobrenome Pompeia é uma alusão à cidade onde iniciou a carreira artística, no circo, como palhaço Berinjela. Na época, tinha 11 anos de idade.
Aos 19 anos, Pompeia se mudou para São Paulo. Tentou a carreira na aeronáutica ao mesmo tempo em que iniciava no teatro.
O ator morreu dia 30 de junho, de acordo com o Sated (Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos e Diversões) do Estado de São Paulo, entidade que já dirigiu.
“Ele fazia a avaliação dos novos profissionais que entravam no mercado de trabalho. Tinha olhar especial para a questão da formação e capacitação profissional e era preocupado com o destino da categoria e a defesa do registro profissional”, diz o presidente do Sated-SP, Dorberto Carvalho.
Havia cerca de oito anos, Pompeia morava no Palacete dos Artistas, no centro de São Paulo. O local acolhe artistas aposentados e que passam por dificuldades financeiras ou não têm moradia.
Além do Brasil, Pompeia espalhou o seu amor pela arte em países como Portugal, França e Itália.
O ator coleciona diversas peças teatrais. “Sua passagem pelo teatro foi muito importante. Paulo participou do icônico ‘O Balcão’, de Jean Genet, no Teatro Ruth Escobar”, conta Carvalho.
Na TV, passou pela Manchete, Cultura, Record e Globo, onde participou de “Malhação”, “Perigosas Peruas” e “O Mapa da Mina”. Pompeia também apresentou o Telecurso 2000.
Pompeia tinha 72 anos e sofria de cardiopatia congênita, segundo o Sated-SP.
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