Descrição de chapéu Obituário José Izidio Rodrigues (1951 - 2022)

Mortes: Aos clientes ofereceu carisma, amizade e o melhor quitute

Zé Bananeiro, como era conhecido, comercializava alimentos em uma barraca na Praia Grande

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São Paulo

Entre as barracas de alimentos espalhadas pelas areias de Praia Grande (a 71 km de São Paulo), destaca-se a de José Izidio Rodrigues, ou Zé Bananeiro, como era conhecido. O apelido veio da época em que trabalhava com venda de bananas.

Popular, carinhoso com os clientes, bem-humorado e hábil na conquista de amigos, em 31 de outubro de 2019, Zé foi homenageado com uma medalha pela Câmara Municipal da Estância Balneária de Praia Grande, pelos serviços prestados à comunidade —iniciativa do vereador Dimas Antonio Gonçalves (PSDB).

O dono de tanta simpatia, carisma e força de trabalho morreu de câncer, no dia 13 de setembro, aos 71 anos.

Zé nasceu em Bananeiras, na Paraíba. Caçula entre os filhos homens, dos 5 aos 7 anos morou em Santo Antônio (RN) e depois mudou-se com a família para o Paraná. Desde os 5 anos, trabalhava na lavoura com o pai.

José Izidio Rodrigues (1951-2022) e o vereador Dimas Antonio Gonçalves
José Izidio Rodrigues (1951-2022) e o vereador Dimas Antonio Gonçalves - Arquivo pessoal

Aos 20 anos, casou-se e passou a viver em São Vicente (a 65 km de São Paulo) e depois na Praia Grande. Zé Bananeiro era bastante ativo. Antes do comércio no litoral, trabalhava carregando sacos de fertilizantes. Um acidente o obrigou a parar. Conseguiu um emprego num sítio, em Peruíbe (a 135 km de São Paulo), mas a condição física do momento o impediu de continuar.

Além do trabalho e da popularidade, a praia deu-lhe a atual companheira, a aposentada Marci Soares Ramos, 72.

Marci morava na capital paulista. Num dia de folga, foi à Praia Grande e, com um amigo em comum, à barraca daquele que seria seu futuro companheiro. O namoro começou um mês depois.

Seu temperamento forte contrastava com a emoção. "Ele era uma criança grande e tão emotivo que chorava ao assistir novela", diz Marci. "Agradeço a Deus pelo nosso encontro. Não precisamos ter medo de trajetórias diferentes, porque o convívio é o mais importante. Ele me deu muito carinho e amor."

Para Marci, cada dia ao lado do companheiro foi bem vivido. Uma das coisas de que mais gostava —viajar— aprendeu ao lado da amada. Juntos, conheceram muitos estados e municípios, como Fortaleza, Ilhéus, Salvador, Natal, João Pessoa, Araxá, Uberaba e Gramado, e parte do interior paulista.

"Ele foi muito importante para mim, um amigo, companheiro, cúmplice. Adotou meus filhos de forma grandiosa", afirma Marci.

"Nunca diga que não tem tempo e deixe algo para amanhã. O que puder fazer faça hoje e muito bem feito."

Além da companheira, ele deixa dois enteados, quatro filhos do primeiro casamento, netos e bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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