Suspeito de usar loja de roupas em BH para abusar de mulheres é preso em São Paulo

Deic encontrou foragido, que usava nome falso, em prédio no Tatuapé, na zona leste

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São Paulo

A Polícia Civil paulista prendeu um homem de 21 anos suspeito de abusar sexualmente de mais de dez mulheres em Minas Gerais. Ele foi encontrado nesta quinta-feira (27) no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

Os crimes ocorreram sobretudo em 2020 e 2021, sendo parte deles em uma loja em Belo Horizonte da qual ele era proprietário.

A reportagem não localizou a defesa dele.

Imagem mostra a chegada do empresário na delegacia
Homem de 21 anos é conduzido por policiais na capital paulista após ser preso; ele era procurado por suspeita de abusar sexualmente de mulheres em Minas Gerais - Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil mineira disse que as vítimas tinham entre 18 e 28 anos.

Uma delas, de 25 anos, contou que foi convidada para uma parceria profissional visando à divulgação das peças de roupas da loja do suspeito. Ela disse ter ido até a casa dele para buscar algumas roupas e que foi dopada. Quando acordou, percebeu ter sido vítima de abuso.

A investigação tratou esse caso como estupro de vulnerável, já que mulher não tinha condições de resistir.

Outro caso detalhado pela polícia mineira foi o de uma funcionária da loja do suspeito. Ela estava experimentando um biquíni quando ele teria entrado no provador, retirado a calça e se masturbado. A mulher afirmou ter sido obrigada a assistir à cena.

A prisão do suspeito foi realizada após a polícia paulista receber informações de que um homem foragido da Justiça estaria escondido em um edifício na rua Vilela. Para evitar ser encontrado, ele se apresentava com um nome falso.

Policiais policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) aguardaram o suspeito sair do prédio. Ao ser abordado, ele admitiu, segundo a polícia, que era procurado.

A polícia disse que a prisão do empresário só foi possível porque o título de eleitor dele estava cancelado, condição que permitiu o cumprimento do mandado de prisão mesmo em período eleitoral.

Segundo a polícia mineira, a investigação teve início em dezembro de 2020, quando, após postar em uma rede social sobre os abusos sofridos, uma das vítimas registrou a ocorrência.

Com a repercussão desse caso, outras 13 pessoas também procuraram os investigadores da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher para prestar queixa contra ele.

Com base nos relatos de quatro mulheres, a Polícia Civil o indiciou por estupro. O de outra levou ao indiciamento por estupro de vulnerável, e os de mais cinco vítimas, por importunação sexual.

O empresário também foi indiciado pela contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor em razão de um dos crimes ter sido cometido em 2017, quando a lei atual sobre importunação sexual ainda não estava em vigor.

Em relação a outras duas vítimas, os procedimentos foram concluídos em 2017 e 2018 e não constam dessa investigação.

Em apenas um dos casos analisados, não foi constatado crime, de acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais.

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