Polícia de MG procura suspeito de ameaçar bispo com arma na porta de igreja

Homem foi visto por testemunhas na frente de igreja na cidade de Moeda; religioso deixou o local por outra porta

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Belo Horizonte

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga ameaças feitas por um homem armado contra o bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte. O caso ocorreu na tarde de sábado (12), na cidade de Moeda, localizada a cerca de 60 km da capital mineira.

O bispo dom Vicente de Paula Ferreira celebrava uma missa quando foi surpreendido pela informação de que um homem armado, aguardando o fim da celebração, fazia ameaças contra ele na saída do templo religioso.

O bispo dom Vicente de Paula Ferreira, que sofreu ameaças de um homem armado nesse sábado (12); ele veste uma batina preta e um adereço vermelho na cabeça
O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, dom Vicente de Paula Ferreira, que sofreu ameaças de um homem armado nesse sábado (12) - Arquidiocese de Belo Horizonte

De acordo com a arquidiocese de Belo Horizonte, o homem estava armado, do lado de fora da igreja, e teria falado para testemunhas que estaria esperando por dom Vicente. As pessoas da igreja ajudaram o bispo a sair do local por uma outra porta.

Dom Vicente não chegou a se encontrar com o homem armado. Ele retornou para sua residência e registrou um boletim de ocorrência neste domingo (13), em Belo Horizonte. O homem em questão não foi identificado pelas testemunhas, mas elas afirmaram que viram ele com uma arma.

A arquidiocese informou que providências judiciais estão sendo tomadas para que as hostilidades dirigidas ao bispo auxiliar durante seu trabalho não fiquem impunes.

De acordo com a Polícia Civil, a investigação do caso está em andamento e tramita na delegacia da cidade de Belo Vale.

Em nota, dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, disse se solidarizar com o colega. Segundo ele, dom Vicente teria sido vítima de intolerância, desrespeito e falta de um senso mínimo para o convívio em sociedade. De acordo com ele, estes são sintomas de uma sociedade adoecida.

"Em uma sociedade livre, democrática, a divergência de opiniões não pode justificar atitudes beligerantes, descompromissadas com a fraternidade. O Evangelho ensina que todos, independentemente de suas convicções, somos irmãos uns dos outros, filhos e filhas de Deus", afirmou o arcebispo.

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