Polícia prende oito suspeitos de integrar célula neonazista em Santa Catarina

Investigação aponta que detidos reunidos em sítio participam de grupo skinhead internacional; eles foram autuados por associação criminosa e racismo

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Salvador

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu nesta segunda-feira (14) oito pessoas suspeitas de integrar uma célula neonazista com integrantes dos três estados da região Sul –Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A operação é resultado de uma investigação da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, que apurava a denúncia sobre a realização de que um encontro anual do grupo.

Carros da polícia parados em sítio
Operação da Polícia Civil em Santa Catarina prende oito suspeitos de integrar célula neonazista - Polícia Civil SC / Divulgação

A reunião ocorria durante o feriado prolongado da Proclamação da República em um sítio em São Pedro de Alcântara, cidade da Grande Florianópolis. O município teria sido escolhido por ter abrigado a primeira colônia alemã em Santa Catarina.

De acordo com a Polícia Civil, foram cumpridos de dois mandados de busca e apreensão na manhã de segunda-feira nas cidades de São Pedro de Alcântara e Florianópolis.

Durante as buscas, foram encontradas roupas relacionadas a grupos supremacistas, adesivos, revistas com divulgação das ideias de Adolf Hitler e material digital com referências ao nazismo. A investigação ainda aponta que os suspeitos também integram grupo skinhead internacional.

Os oito suspeitos foram autuados em flagrante pela prática dos crimes de associação criminosa e racismo. Um deles ainda foi autuado por porte ilegal de arma de fogo por ter sido flagrado com munições.

Ao menos dois dos oito presos já se envolveram em crimes violentos decorrentes de intolerância.

Um deles, em cumprimento de pena e monitorado com tornozeleira eletrônica, já foi condenado criminalmente por uma tentativa de homicídio decorrente de um ataque skinhead contra judeus em 2005 no Rio Grande do Sul.

Outro já foi denunciado sob acusação de duplo homicídio decorrente de uma disputa entre lideranças de células neonazistas no Paraná em 2009, mas que ainda não foi julgado.

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