Sem-teto ateiam fogo em frente a ocupação na avenida São João, em SP

Manifestantes dizem que prefeitura cortou água e luz do prédio que abriga famílias desde sábado (29)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Integrantes de uma ocupação atearam fogo a pedaços de madeira e interromperam o trânsito na avenida São João, na altura do largo do Paissandu, no centro de São Paulo, no fim da tarde desta quinta-feira (3).

De acordo com os manifestantes, a prefeitura, que é dona do prédio, mandou cortar o fornecimento de água e luz, o que levou parte dos sem-teto a protestarem na via.

Protesto em frente a ocupação na avenida São João - Reprodução Band

Em nota, a prefeitura lamentou "a invasão e ocupação de um prédio público que já está referenciado para a construção de 70 unidades habitacionais que serão posteriormente incluídas nos programas habitacionais do município".

O edifício Art Palácio está ocupado desde a noite de sábado (29) por famílias. No local, funcionava um hotel social para abrigar moradores de rua, desativado em maio.

De acordo com a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab-SP), a reforma do imóvel ainda não tem projeto e nem foi contratada para disponibilizá-lo, posteriormente, à moradia social. A pasta, porém, não disse quando a contratação foi feita nem o motivo da demora para concluí-la já que o imóvel está fechado há seis meses.

Em entrevista à Band, o delegado da Seccional Centro, Roberto Monteiro, disse que negocia a saída do grupo de dentro do prédio.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) está fora do país em compromisso oficial em Portugal.

GCM controla entrada de uma ocupação na avenida São João
GCM controla entrada de uma ocupação na avenida São João - Mathilde Missioneiro/Folhapress

A ocupação do prédio ocorreu um dia antes da decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a criação de comissões para mediar despejos antes de qualquer decisão judicial.

Com caráter transitório, a medida surgiu após o fim da determinação do STF que suspendeu as remoções durante a pandemia de Covid, no último dia 31. A criação das comissões foi uma sugestão dos movimentos sociais e deve durar por até um ano e meio, segundo a corte.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.