Descrição de chapéu Obituário Márcio Antonio da Fonseca e Silva (1940 - 2022)

Mortes: Trabalhou a vida inteira pela classe farmacêutica

Natural do Recife, Márcio Antonio da Fonseca e Silva recebeu título de cidadão pirajuense

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São Paulo

Publicada no início do ano, a coluna de Márcio Antonio da Fonseca e Silva no jornal Observador, de Piraju, no interior paulista, foi mais um elogio à sua profissão.

O texto conta a história dos farmacêuticos, das boticas ao primeiro diploma da história, concedido em Portugal no século 14, chegando à escolha da santa Gemma Galgani como padroeira nacional da classe em 1945 por profissionais de Botucatu, em São Paulo.

Décadas antes de ser colunista, Márcio Antonio foi tricampeão brasileiro de remo pelo Sport Club do Recife, sua terra natal, e tenente do exército. Formou-se em farmácia em 1962 e foi para São Paulo com uma bolsa do Ministério da Educação, tornando-se livre-docente em toxicologia pela USP.

Foto de Márcio Antonio da Fonseca e Silva
Márcio Antonio da Fonseca e Silva (1940-2022) - Acervo CRF-SP

Anos depois, presidiu o Conselho Regional de Farmácia do estado, de 1974 a 1976. Essa foi a primeira das muitas frentes em que atuou na defesa da categoria, missão que levou consigo durante toda a vida com grande organização.

"Com tudo: roupas, arquivos, documentos, vida pessoal e profissional", diz a esposa, Vera da Fonseca e Silva, 73.

Foi com essa habilidade que ele conquistou a presidência do Conselho Federal de Farmácia, de 1978 a 1980, e foi diretor do sindicato de farmacêuticos do estado de São Paulo, além de integrante da Academia Nacional de Farmácia.

Também colecionou reconhecimentos acadêmicos no Brasil e no exterior, como o convite para ser correspondente no Brasil da Academia de Ciências Farmacêuticas do Chile, em 2002, e o prêmio Alcalíber, concedido pelo governo espanhol em 2013, por pesquisas sobre o uso de medicamentos e a leishmaniose.

Toda a dedicação era embalada pela MPB, com gosto especial pela música de Luiz Gonzaga, e temperada com muitos frutos do mar e da terra.

"Camarão, lagosta, sururu, é do que ele gostava. E adorava comer fruta, eu dizia que ele parecia um bem-te-vi, mas era seletivo e gostava de comer bem", diz Vera.

Em 2014, mudaram-se para Piraju, cidade natal dela. A boa convivência levou ao convite para os artigos no Observador e rendeu o título de cidadão pirajuense, em 2019.

Márcio Antonio da Fonseca e Silva morreu em casa, em 28 de novembro, aos 81 anos, em decorrência de complicações cardíacas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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