Descrição de chapéu Tragédia em Brumadinho

Polícia identifica 267ª vítima de Brumadinho quase 4 anos após tragédia

Cristiane Antunes Campos, 35, era de supervisora de mina; três ainda estão desaparecidos

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil de Minas Gerais identificou nesta terça (20) o corpo da 267ª vítima do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) quase quatro anos após a tragédia, ocorrida em janeiro de 2019. Outras três pessoas continuam desaparecidas.

O Instituto Médico-Legal (IML) confirmou, por meio de exame de DNA, a identidade de Cristiane Antunes Campos, que tinha 35 anos na época. Segundo a corporação, ela trabalhava como supervisora de mina e era natural de Belo Horizonte.

Corpo de Bombeiros de MG encontra 267ª vítima de rompimento de barragem da Vale em Brumadinho - Divulgação/Corpo de Bombeiros de MG

Esta é a terceira pessoa encontrada neste ano. O engenheiro de produção da mineradora Luís Felipe Alves, 30, de Jundiaí (SP), foi identificado em maio, e o funcionário terceirizado Olímpio Gomes Pinto, 56, que trabalhava como auxiliar de sondagem e também era de BH, em junho.

O Corpo de Bombeiros ainda trabalha na região para localizar as vítimas, somando 5.735 agentes desde o início da operação, enquanto a Polícia Civil atua na identificação.

Agora, eles estão na "oitava estratégia de buscas", operando com equipamentos industriais adaptados para a realidade de Brumadinho. Essa nova estratégia, diz o órgão, permitiu um ganho em volume de terra processado: cada máquina peneira 200 toneladas por hora.

Nas redes sociais, o governador reeleito Romeu Zema (Novo) afirmou: "Não sossegaremos até encontrarmos todos os desaparecidos, diminuindo um pouco a dor dos familiares".

Nesta sexta (16), o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou a competência da Justiça Federal para julgar 16 executivos da Vale e da empresa de consultoria Tüv Süd pelo caso, acusados pelo Ministério Público mineiro pelo homicídio doloso (intencional) das 270 vítimas e danos ao meio ambiente.

Um estudo divulgado em julho pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostrou que a população do município tem níveis de metais no organismo acima dos toleráveis e sofre com doenças respiratórias e mentais.

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