Segundo dia de greve de aeronautas tem atrasos e cancelamentos em ao menos 11 aeroportos

Categoria protesta por reajuste e mudanças em regime de descanso

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São Paulo

O segundo dia de paralisação de pilotos, copilotos e comissários de voo voltou a causar atrasos em voos na manhã desta terça (20), com ao menos 11 aeroportos afetados. A suspensão de voos ocorreu das 6h às 8h, após falharem as negociações entre a categoria e as companhias aéreas por reajuste salarial e mudanças nos regimes de descanso.

Até as 9h desta terça, segundo a Infraero, o aeroporto de Congonhas registrou 18 voos atrasados e dois cancelamentos. Já o Santos Dumont, foram 11 atrasos e cinco voos cancelados.

Em Guarulhos, segundo a assessoria do aeroporto, cinco voos tiveram atrasos nesta manhã. Em Brasília, foram registrados, até o momento, 21 atrasos em um total de 63 decolagens, segundo a Inframerica, administradora do aeroporto.

O Galeão, no Rio, não registrou atrasos, segundo a assessoria. No Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, foram registrados quatro atrasos e quatro cancelamentos, segundo o painel de voos do site. Em Fortaleza, foram dois atrasos.

Na segunda (19), as paralisações causaram atrasos em ao menos 17 aeroportos do país, já que os locais sem suspensões foram afetados indiretamente pela demora na chegada de voos. A mobilização deve continuar nos próximos dias, caso não haja acordo, segundo o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).

A paralisação, de acordo com o sindicato, deve ocorrer nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos (SP), Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte).

Pessoas segurando placas com frases de protesto. à direita, é possível ver a frase 'reconhecimento gera satisfação'
Pilotos, copilotos e comissários protestam por reajuste no aeroporto de Congonhas, em São Paulo - Danilo Verpa - 19.dez.22/Folhapress

A categoria rejeitou uma proposta apresentada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) após negociação intermediada pelo vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Ainda, o tribunal atendeu a um pedido das companhias aéreas e determinou que 90% dos tripulantes seguissem na ativa.

Com a decisão da categoria, os atrasos nas decolagens programadas entre 6h e 8h nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos, Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Belo Horizonte) estão mantidos.

Em uma live do SNA transmitida nas redes sociais às 12h, o presidente da entidade, Henrique Hacklaender disse que os tripulantes vão continuar a fazer suspensões de duas horas por dia nos nove aeroportos até que seja negociada uma proposta que atenda os pedidos da categoria.

Os aeronautas cobram das empresas aéreas a recomposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%. Nas cláusulas sociais, pedem a manutenção da convenção coletiva da categoria e a definição de horários de veto para alterações em folgas.

Em nota divulgada nesta tarde, o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) voltou a afirmar que as empresas aéreas têm trabalhado para dar assistência aos passageiros. O sindicato também alegou dificuldades das companhias aéreas por causa do aumento de custos no QAV (querosene de aviação) e o impacto financeiro da pandemia no setor.

Em relação às negociações, o Snea citou a proposta rejeitada pela categoria no domingo (18), com recomposição de perdas da inflação e um ganho real de 0,5%, além da autorização para tripulantes venderem voluntariamente as folgas.

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