Ministério Saúde anuncia R$ 600 milhões para reduzir filas por cirurgias

Repasse é parte de plano do governo Lula para diminuir espera por procedimentos eletivos, exames e consultas

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Brasília

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (26) que fará o repasse de R$ 600 milhões a estados e municípios para redução de filas para cirurgias eletivas.

A ideia é destinar R$ 200 milhões enquanto estados elaboram diagnóstico das filas e metas de redução da espera pelas operações. Depois da aprovação desses planos, a Saúde deve enviar o resto da verba até junho.

A medida é a primeira parte do Programa Nacional para Redução das Filas, uma das prioridades para os cem primeiros dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No segundo semestre, o ministério deve anunciar repasses para redução de exames de diagnóstico.

Ministra da Saúde, a socióloga Nísia Trindade durante sua posse na sede da pasta, em Brasília - Eduardo Anizelli/Folhapress

O plano ainda prevê uma etapa para redução da espera por consultas no SUS. O presidente Lula deve apresentar em reunião com governadores, na sexta-feira (27), as medidas para redução das filas.

O ministério afirma que faltam informações sobre os procedimentos acumulados.

"É um mistério completo, às vezes, ter esse número das filas. Queremos conhecer a fila", disse o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda, em reunião com conselhos de secretários estaduais e municipais.

"Diria que é possível que a fila ultrapasse mais de um ou dois milhões de pessoas. Não são cirurgias de urgência, mas não podem ser programadas para daqui a dois, três, cinco anos", afirmou Miranda.

A ideia é que os recursos sejam utilizados para mutirões de cirurgias eletivas.

"Vamos desenvolver novos dispositivos, aplicativos para que o cidadão possa interagir com a fila, ver se seu nome está lá. Isso é um choque de transparência, integridade ao sistema", disse o secretário.

Ele também afirmou que os estados e municípios vão definir quais procedimentos devem ser priorizados. Disse ainda que é possível que o recurso seja usado em parcerias com a iniciativa privada.

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