Descrição de chapéu Obituário Arwed Baldur Kirchgässner (1939 - 2022)

Mortes: Ajudou a colocar Curitiba no mapa dos negócios

Arwed Baldur Kirchgässner foi um cavalheiro dedicado ao ramo empresarial e à família

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São Paulo

Quando o então prefeito de Curitiba, Jaime Lerner, deu início nos anos 1970 ao projeto da Cidade Industrial para impulsionar a economia do município, precisava de alguém que ajudasse a atrair investimentos estrangeiros. Foi quando Arwed Baldur Kirchgässner passou a representar a capital paranaense em feiras e reuniões de negócios pelo mundo.

"Ele ajudou a colocar Curitiba no mapa na época da industrialização", diz Francisco Kirchgässner, 47, sobrinho e afilhado.

Nascido em 1939, o curitibano Arwed morou durante boa parte da vida na Casa Kirchgässner, construção modernista projetada e feita pelo pai, Frederico, da qual sempre cuidou.

arwed posa à frente de pirâmide de pedra
Arwed Baldur Kirchgässner (1939-2022) - Arquivo pessoal

"Sempre se preocupou em preservar a história dele, do pai e da família", diz a filha, Monika Kirchgassner, 53.

Além dela, sua filha (e única neta de Arwed), Nathalie Kirchgassner Bark, 34, também passou dias na casa junto com ele, que foi pai e avô dedicado a fazer todas as vontades, como viagens, presentes e até rotas imprevisíveis durante os passeios.

"Gostava muito de passear de ônibus quando criança, ele ia comigo até o ponto final e voltava. No Rio, erramos a rota e só percebemos quando chegamos à garagem", diz Nathalie.

Economista e administrador, Arwed conduzia estudos, literatura e trabalho meticulosamente, assim como o cuidado com a família e a saúde até os últimos dias.

Sua carreira se consolidou no ramo empresarial e na promoção de negócios para Curitiba e o Paraná. No estado, presidiu duas vezes o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), associação que auxilia na promoção de estágio e programas de treinamento para jovens.

Francisco, que foi aluno do tio Arwed na faculdade de administração, também seguiu pelo ramo de negócios.

"Passamos por várias feiras, em Hannover [Alemanha], no Texas, e fomos a Nova York em 1999. Vinte anos depois, voltei lá. Quando fui com ele, havia as Torres Gêmeas, que cairiam depois, e tiramos fotos. Foi marcante, porque nunca mais haverá essas fotos. Quando fui em 2019, tirei e mandei a ele."

Francisco diz que sempre anota uma frase do tio para levar consigo. "A vitória do teu ser é a soma do teu fazer", cita. "Não adianta ser um vitorioso sozinho, sem fazer o bem aos outros".

Morreu em 15 de dezembro, em Curitiba, em decorrência de um infarto, aos 83 anos. Deixa a filha, a neta e o afilhado.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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