Descrição de chapéu Obituário Valéria Casolato (1965 - 2023)

Mortes: Lembrada pela solidariedade, pelo amor ao próximo e pela cantoria

Valéria Casolato trabalhava como assessora na Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Era difícil se encontrar com a relações públicas Valéria Casolato sem ganhar o sorriso largo de presente, além da gargalhada forte.

Mulher de fé e personalidade marcantes, ela carregava em seu coração uma ingenuidade que não a deixava acreditar na maldade humana.

A palavra doação a representava. Ao lado da chef Silmara Dias, 55, sua esposa, integrava o Universo Solidário, um grupo que arrecada doações para ajudar comunidades, famílias com perdas materiais em tragédias e animais.

Valéria Casolato (primeira à esq.) com a filha, Izabel (no meio), e a esposa, Silmara
Valéria Casolato (primeira à esq.) com a filha, Izabel (no meio), e a esposa, Silmara - Valéria Casolato no Facebook

Silmara e Valéria se conheceram num 7 de fevereiro de Carnaval há quase 24 anos. Foi amor à primeira vista. Após 15 dias estavam morando juntas.

As histórias de amor, amizade, alegria e solidariedade foram interrompidas no dia 9 de janeiro, com a morte de Valéria, aos 57 anos, por complicações de uma hemorragia digestiva alta.

A disposição para a prática do bem e o olhar especial ao próximo a tornarão inesquecível aos familiares, colegas de trabalho e amigos.

"Ela era uma mãe cuidadosa, amorosa e alegre. O que tenho de tímida ela tinha de extrovertida. Minha mãe se orgulhava muito da maquiadora e da mulher que eu havia me tornado. Fica a imagem da força, da alegria e do amor pela vida", diz a filha Izabel Cano Fernandez, 31.

Para a relações públicas Ana Paula Costa, 41, a amiga será lembrada pela alegria e pelo amor à filha, à música e aos amigos.

"Ela abria o coração para nos ouvir. Era difícil vê-la triste. A vida dela era cantar. Com o microfone em mãos virava outra pessoa e tinha um baita vozeirão", conta.

O Boteco Piedade, um gastrobar comandado pela esposa, fez parte da história de Valéria durante os cerca de quatro anos de funcionamento. O palco para apresentações musicais também expressou sua cantoria.

"Eu construí esse palco para ela fazer uma das coisas de que mais gostava: cantar. Ela cantava para mim e encantava a todos com sua voz", diz Silmara.

Formada pela Universidade Metodista de São Paulo, Valéria optou pela carreira pública, prestou concurso e, em 2003, ingressou na Prefeitura de São Paulo. Trabalhava como assessora de imprensa na Secretaria Municipal da Saúde havia mais de dez anos, segundo Ana Paula. Fez diversas especializações nas áreas de saúde, comunicação e gestão.

Valéria Casolato deixou a companheira, a filha, a mãe e um irmão. "Nós nos dávamos muito bem, tínhamos uma conexão. Ela era a parceira incentivadora dos meus sonhos", finaliza Silmara.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.