Descrição de chapéu Obituário Vagner de Castro (1964 - 2022)

Mortes: Médico com gosto pela ciência, era sensível e dedicado

Vagner de Castro coordenou o setor de coletas de sangue do Hemocentro da Unicamp

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Campinas

O médico hematologista e hemoterapeuta Vagner de Castro dedicou sua vida à profissão e à família. Era uma pessoa intensa e extremamente dedicada a tudo que fazia. Esse perfil o fez acumular diversos admiradores tanto na atuação profissional quanto nos momentos de lazer.

Castro coordenou o setor de coletas de sangue do Hemocentro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) por 30 anos, onde ainda trabalhava. Atuou de forma bastante efetiva em campanhas e iniciativas para captação de doadores e promovia ações de conscientização para fomentar a doação de sangue nas esferas municipal, estadual e nacional.

"Ele fazia assistência, mas era mais voltado para a ciência, ele gostava muito. Tinha mais esse viés, esse foco na ciência, organização, estruturação", afirma a médica hematologista Maria de Lourdes Barjas de Castro, mais conhecida como Malu, esposa dele.

Homem de camiseta e bermuda em um pier
Vagner de Castro, hematologista e hemoterapeuta (1964-2022) - Arquivo pessoal

Formado em medicina pela Faculdade de Medicina de Marília, Castro concluiu doutorado em clínica médica pela Unicamp em 2000. Seu pós-doutorado foi na área de imunologia plaquetária em 2001 na Universidade de Giessen, na Alemanha.

Era médico assistente e docente do mestrado profissional em hemoterapia da Faculdade de Ciências Médicas e responsável pelo Laboratório de Imunologia Plaquetária do Hemocentro.

Castro era apaixonado por animais, em especial cachorros, e adorava plantas. Por causa disso, resolveu viver em Holambra (a 134 quilômetros da capital paulista), conhecida como a Cidade das Flores.

"Ele era um homem bastante sensível, adorava cozinhar —cozinhava muito bem por sinal— e gostava de tocar viola caipira. Fazia parte da Orquestra de Viola Caipira de Holambra, inclusive era bastante ativo e colaborou na estruturação dessa orquestra", diz Malu.

O médico era conhecido pela intensidade e dedicação a tudo que fazia e se desdobrava para dar conta de todos os compromissos.

"Ele vivia intensamente, foi um pai muito querido e um ótimo marido. Fazia várias coisas ao mesmo tempo, envolvia-se e dedicava-se de corpo e alma. Talvez por isso fosse tão querido. Sempre era exigente em melhorar, em querer fazer algo a mais", lembra.

Vagner de Castro morreu no último dia 24 de dezembro, aos 58 anos, em decorrência de um câncer de pâncreas descoberto em agosto de 2022, quando apresentou os primeiros sintomas da doença.

Deixa a esposa e o filho Rodrigo Castro, 29, médico residente em psiquiatria.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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