Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Prédio desaba parcialmente no centro do Rio

Acidente ocorreu próximo aos Arcos da Lapa; um homem ficou ferido sem gravidade

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Rio de Janeiro

Um prédio de três andares desabou parcialmente na madrugada deste domingo (8) no centro do Rio de Janeiro. Um homem ficou levemente ferido.

O acidente ocorreu na Travessa do Mosqueira, próximo aos Arcos da Lapa, um dos pontos turísticos mais movimentados da cidade durante a noite.

Pessoas em frente a faixa de interdição da rua em que um prédio desabou no Rio de Janeiro
Travessa do Mosqueira ficou parcialmente interditada após o desabamento parcial de um prédio no centro do Rio de Janeiro - Divulgação / Prefeitura do Rio

De acordo com a Defesa Civil municipal, houve o desabamento parcial da laje do terceiro e do segundo pavimentos por volta das 3h.

"O sobrado tem três pavimentos e possui lojas no primeiro. Parte da rua ficou obstruída devido a queda de alvenaria. Até o momento uma interdição foi feita pela Defesa Civil", afirma a nota.

A Secretaria Municipal de Assistência Social atendeu, até o fim da manhã deste domingo, dez famílias que viviam no local —14 adultos e um bebê. Elas optaram por ficar em casas de parentes e receberão o Cartão Suas (Sistema Único de Assistência Social), criado para situações de emergência, no valor de R$ 250.

A prefeitura ainda não informou quem é o responsável pela edificação.

Andressa Cordeiro, 25, autônoma, é ex-moradora do prédio. Ela afirma que, até dez anos atrás, moradores do local pagavam um aluguel social ao Rio Previdência, mas que essa taxa parou de ser cobrada e que nunca houve manutenção. Os reparos eram feitos pelos próprios moradores.

"O pessoal que morava aí, que era batalhador, morava na ocupação porque precisava. A Rio Previdência cobrava uma taxa e nada nunca fez pelo espaço. Deixou todo mundo a ver navios", diz Andressa.

"Cobravam cerca de R$ 90 por mês, isso há muito tempo atrás. Cobraram e nada fizeram. E depois não aceitaram mais o aluguel", completa.

A autônoma Jorjeane Carla Oliveira, 38, mora no imóvel ao lado e saiu durante a madrugada, assustada com a explosão. Seis de seus oito filhos, um deles recém-nascido, moram no mesmo local e também tiveram de sair às pressas.

"Acordamos às 3h da madrugada com o barulho. Um desespero total. Prwcisei acordar as crianças no susto. Saímos para a rua e vimos uma nuvem de poeira, mas sem saber ao certo o que era. Pelo barulho, poderia ser explosão de botijão de gás, ou desabamento, como foi".

Jorjeane afirma que a Defesa Civil não interditou o imóvel onde vive, mas diz que tem medo de continuar.

"Ainda não sei o que pensar sobre o futuro. Por enquanto, vou ficar na casa de uma comadre. Mesmo com a informação de que está seguro, tenho medo. Não posso expor meus filhos".

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