Volta do Carnaval de rua em São Paulo já tem 16 megablocos anunciados

Lista final dever sair ainda nesta semana; folia que começa no dia 11 de fevereiro terá de terminar até as 19h

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São Paulo

A volta do Carnaval de rua em São Paulo, suspenso nos últimos dois anos por causa da pandemia de Covid-19, já tem 16 megablocos confirmados pela Secretaria Municipal de Cultura.

Uma relação parcial com 281 blocos que desfilarão na capital paulista foi publicada no último sábado (7) no Diário Oficial do Município. Mas até o fim da semana a pasta deverá divulgar a lista final. Ao todo, são 670 inscritos, sendo que 39 cancelaram o cadastro, segundo a secretária Aline Torres.

Multidão em bloco de Carnaval
Desfile do Bloco da Pabllo na avenida Tiradentes, centro de SP, em 2019 - Danilo Verpa - 5.mar.2019/Folhapress

Entre os megablocos já confirmados estão Bicho Maluco Beleza, do pernambucano Alceu Valença, Bloco Bem Sertanejo, de Michel Teló, Bloco da Pabllo, da cantora Pabllo Vittar, Monobloco e Galo da Madrugada, entre outros (veja lista abaixo).

A cantora Iza deverá ser uma das novidades em relação ao Carnaval de 2020. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, ela será anunciada como convidada por um dos blocos.

O Carnaval de blocos paulistano só não terá folia nas ruas no primeiro fim de semana do próximo mês.

De acordo com o calendário divulgado pela pasta, nos dias 11 e 12 de fevereiro ocorre o pré-Carnaval. De 18 a 21 é o Carnaval oficial no Brasil, com os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, na zona norte, e no último fim de semana do mês (25 e 26) será realizado o pós-Carnaval.

Os megablocos terão de encerrar os desfiles até as 19h, quando deve ocorrer a dispersão, segundo consta no calendário já divulgado. Outros menores também terão até este horário de acordo com a lista parcial divulgada no fim de semana passado.

De acordo com Torres, no caso dos grandes blocos, as vias deverão estar liberadas até as 20h. Além de operações de limpeza e de reorganização do trânsito, ela cita a questão de segurança pública. "Quanto mais escuro, mais dificulta a Polícia Militar ter a vistoria total do local", afirma.

Foi a por orientação da PM, aliás, que a prefeitura vetou o desfile de blocos em locais tradicionais como Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste, e na avenida Luiz Carlos Berrini, na região do Brooklin, zona sul. "Por causa da estrutura viária e por problemas que tivemos em outros Carnavais", diz.

Questionada se a dispersão as 19h poderá levar foliões dos megablocos para locais de grande aglomeração e reclamação de moradores, como a Vila Madalena, na zona oeste, disse que estes locais não são de trânsito fechado, como os dos desfiles. "O problema é liberar as vias que têm acesso ao fluxo de carros."

Outro local que ficou de fora do Carnaval de rua deste ano é a avenida Tiradentes, na região central, por ser um corredor de acesso ao Sambódromo do Anhembi, onde ocorre o desfile das escolas de samba.

A secretaria projeta atrair 14 milhões de foliões ao longo do mês de fevereiro nos desfiles de blocos, mas a titular da pasta acredita que o número pode ser maior.

"Ainda não sabemos com as pessoas estão reagindo [em relação a Covid-19], mas estamos organizando uma estrutura para o caso de o público ser maior", afirma.

O último Carnaval de rua realizado oficialmente na capital, em 2020 e em meio à confirmação do primeiro caso de Covid-19 no país, a prefeitura estimou o público em 15 milhões de pessoas.

O termômetro usado na estimativa é o Réveillon da Paulista. Segundo a prefeitura, 2 milhões de pessoas foram à última virada de ano na avenida. O número é semelhante ao de edições anteriores, antes da pandemia.

O Carnaval com o desfile das escolas de samba voltou a ser realizado no ano passado, mas fora de época, em abril, por causa da superlotação em unidades de saúde no início de 2022 de pacientes infectados com a variante ômicron do novo coronavírus. Mas o de rua, oficialmente, não aconteceu.

Sem autorização e sem patrocínio ou investimento público, 17 blocos desfilaram no fim de abril, segundo contagem feita pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

A prefeitura ainda tentou reagendar os desfiles de rua para julho passado, numa espécie de "esquenta" para 2023, mas, sem patrocínio, recuou. Mesmo com o cancelamento, alguns decidiram sair.

Segundo a prefeitura, duas empresas entraram com lances no pregão para patrocínio do Carnaval de rua deste ano. Em nota, a administração Ricardo Nunes (MDB) disse que a cervejaria Ambev levou e vai investir R$ 25,6 milhões em patrocínio. O valor foi homologado no último dia 6.

Veja os megablocos previstos até agora no Carnaval de SP

Data Bloco Local
11/2 Bicho Maluco Beleza (Alceu Valença) Ibirapuera
12/2 Acadêmicos do Baixo Augusta Consolação
12/2 Megabloco do Fervo - O maior da Zona Norte Avenida Luiz Dumont Villares
12/2 Monobloco Ibirapuera
18/2 Agrada Gregos Ibirapuera
19/2 Bloco BeatLoko Avenida Marques de São Vicente
19/2 Bloco Bem Sertanejo (Michel Teló) Ibirapuera
19/2 Bloco da Pabllo Ibirapuera
19/2 Explode Coração República
20/2 Bloco Pinga Ni Mim (Villa Country) Ibirapuera
21/2 Bloco da Latinha Mix Ibirapuera
21/2 Galo da Madrugada Ibirapuera
21/2 PsyShake Avenida Marques de São Vicente
25/2 Navio Pirata - BaianaSystem Ibirapuera
26/2 Bloco da Preta Ibirapuera
26/2 Pipoca da Rainha Consolação

Fonte: Secretaria Municipal de Cultura

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