Descrição de chapéu Alalaô Interior de São Paulo

Carnaval tem migração e cancelamento em cidades de SP e MG

Oba Festival deixa Votuporanga para atrair mais público em São José do Rio Preto, enquanto Muzambinho fica sem tradicional evento

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ribeirão Preto

Um dos maiores festivais carnavalescos do país, o Oba Festival deixou Votuporanga e se transferiu para São José do Rio Preto, no interior paulista, com perspectiva de ver o público crescer 150% entre este sábado (18) e terça (21). Enquanto isso, um icônico Carnaval em Minas Gerais não será realizado nos moldes pré-pandemia.

A retomada dos eventos de Carnaval depois está ocorrendo com mudanças em municípios do interior dos dois estados mais populosos do país.

Público participa do Oba Festival ainda em Votuporanga, antes da transferência para São José do Rio Preto
Público participa do Oba Festival ainda em Votuporanga, antes da transferência para São José do Rio Preto - Divulgação

O Oba, que começou como um bloco de Carnaval, cresceu com o passar dos anos e virou um grande festival de música. Sediado em Votuporanga até a edição de 2020, o evento viajou 80 quilômetros e se fixou em Rio Preto neste ano.

A projeção de Edilberto Fiorentino, o Caskinha, um dos organizadores do Oba Festival, é de que o evento receba nos próximos quatro dias 100 mil turistas de mais de 500 cidades brasileiras e do exterior.

"Decidimos inovar também no local, mas continuar prestigiando a nossa região. Por isso, depois de 14 anos, escolhemos São José do Rio Preto, com uma importante estrutura de rede hoteleira, aeroporto, rodoviária com linhas para todo o Brasil, restaurantes, bares, shoppings e muito mais", disse.

A estrutura de Rio Preto já era utilizada como apoio quando o evento ocorria em Votuporanga, que tem rede hoteleira muito inferior à da cidade de quase 500 mil habitantes.

Entre as atrações do evento estão Gusttavo Lima e Pedro Sampaio (sábado), Banda Eva (domingo), Zé Neto & Cristiano e Alok (segunda) e Thiaguinho e Ivete Sangalo (terça).

Já em Muzambinho, icônica cidade mineira marcada pelo forte Carnaval, o cenário é diferente neste ano. Sem o bloco Vermes e Cia, que realizava a festa, uma empresa chegou a organizar o evento, mas cancelou no início do mês sob a alegação de dificuldades provocadas desde o surgimento da pandemia.

A celebração da data no município começou pequena, com um grupo de amigos, que se organizaram nas duas décadas seguintes e passaram a fazer um Carnaval que dobrava a população da cidade de pouco mais de 20 mil habitantes.

O Bloco do Sr. Muz, que faria a festa, publicou comunicado desistindo da folia na cidade mineira e lamentando a decisão.

"Nosso compromisso é com o folião. Preferimos a comunicação feita com antecedência a sermos inconsequentes de realizar um evento não viável", diz o comunicado da organização.

A folia, porém, vai existir, mas não com o peso de outrora. Da última sexta (17) e terça (21), estão previstas 25 atrações, como DJs, grupos de dança, duplas e bandas, mas nenhuma no porte de nomes que já se apresentaram na folia local –Wesley Safadão, Zé Neto & Cristiano e Gusttavo Lima, entre outros.

Minas, porém, tem outros eventos carnavalescos que atraem multidões, como o Bloco do Urso, em Santa Rita do Sapucaí (MG), que terá shows de Alok, Anitta, Léo Santana, Gusttavo Lima e outras nove atrações.

Nascido em 1998 da reunião de um grupo de amigos, assim como ocorreu no Carnaval do Oba, a turma cresceu até se transformar num grande evento. Os pacotes para os cinco dias do evento em área VIP estão sendo vendidos por R$ 960. Para camarotes, o valor à vista é de R$ 1.640.

O Carnaval também voltará neste ano em Caconde (SP), mas sem os tradicionais blocos de rua da cidade –a prefeitura argumenta que fará um processo de chamamento público para os interessados em participarem da folia em 2024.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.