Governo transfere nove presos de RN para sistema federal

Medida é uma tentativa de conter os ataques no estado iniciados na terça (14)

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Brasília

O governo federal transferiu na noite de sexta-feira (17) nove presos do presídio Rogério Coutinho, no Rio Grande do Norte, para o sistema penitenciário federal.

A ação é uma resposta a série de ataques que estão ocorrendo no estado desde o início da semana.

Em nota, o governo federal explicou que a transferência ocorreu a pedido do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte e do governo estadual.

Operação da Polícia Militar do RN iniciada em 17 de março para tentar conter a onda de ataques. As forças de segurança efetuaram prisões de membros do crime organizado e suspeitos de ajudar nos ataques - Ney Douglas/EFE

Os presos transferidos foram condenados por homicídio e tráficos de drogas. Com a mudança, eles podem ir para qualquer um dos cinco presídios federais: Campo Grande(MS), Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).

No sistema penal federal, os detentos ficam isolados em celas individuais e tem suas visitas monitoradas.

As nove transferências não foram as primeiras desde que os ataques começaram. osé Kemps Pereira de Araújo, líder de uma facção criminosa e suspeito de orquestrar os atos, foi transferido na quarta (15) da penitenciária estadual de Alcaçuz para o presídio federal de Mossoró.

Os ataques no Rio Grande do Norte afetam pelo menos 21 cidades no estado. Eles consistem na destruição de prédios públicos e veículos.

Em São Gonçalo do Amarante, na grande Natal, a Secretaria de Saúde foi incendiada e R$ 10 milhões em remédios foram perdidos. Um policial penal foi morto na noite de sexta-feira (17).

Diversos ônibus também foram queimados na capital potiguar desde a terça (14).Desde o início dos ataques 42 pessoas foram presas pela polícia.

O governo federal enviou a Força de Segurança Nacional na quarta (15) para o Rio Grande do Norte para lidar com a situação. De acordo com o ministro da Justiça, Flavio Dino, foram enviados 220 pessoas para auxiliar as forças policiais locais.

A suspeita da polícia é de que os ataques estão sendo organizados pelo crime organizado para responder a ações policiais recentes, que resultaram na prisão e morte de criminosos e na apreensão de armas e drogas.

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