Descrição de chapéu greve transporte público

Metrô de SP reabre trechos das linhas azul, verde e vermelha na tarde desta quinta

Governador decreta ponto facultativo para servidores públicos estaduais nesta sexta-feira (24)

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São Paulo

A Companhia do Metropolitano de São Paulo usou suas redes sociais para informar que reabriu na tarde desta quinta-feira (23) trechos das estações das linhas 1-azul, 2-verde e 3- vermelha do metrô como parte de seu plano de contingência para minimizar os efeitos da greve dos metroviários.

Segundo o Metrô, a operação deve funcionar até as 20h.

Movimentação na estação da Luz da CPTM; na operação parcial do metrô, os trens estão circulando até as 20h entre as estações luz e Ana Rosa
Movimentação na estação da Luz da CPTM; na operação parcial do metrô, os trens estão circulando até as 20h entre as estações luz e Ana Rosa - Bruno Santos/ Folhapress

Os trechos em funcionamento são:

  • Linha 1-azul: da estação Ana Rosa à Luz
  • Linha 2-verde: da estação Alto do Ipiranga à Clínicas
  • Linha 3-vermelha: da estação Santa Cecília à Bresser- Mooca

A linha 15- prata permanece fechada.

Nas outras estações dessas três linhas continuam à disposição da população os ônibus do sistema Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).

A operação das linhas 4-amarela e 5-lilás do metrô de São Paulo não é afetada pela greve, e os trens circulam normalmente.

As cinco linhas da CPTM funcionam normalmente durante a greve dos metroviários. As transferências para as linhas 1-azul, 2-verde e 3, vermelha do metrô estão fechadas em todas as estações com conexão à CPTM. As transferências para as linhas 4-amarela e 8-diamante funcionam normalmente nas estações Luz e Barra Funda.

A decisão de entrar em greve por 24 horas foi tomada após reunião do sindicato com a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

Segundo os sindicalistas, os representantes do Metrô informaram que não tinham autorização do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pagar o abono pedido pela categoria.

Além do abono, a categoria ainda negocia a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de pedir novas contratações.

Em nota, o Metrô afirmou que que não há justificativa para que o sindicato declare greve "reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa, sendo que tal atitude só prejudica a população que depende do transporte público".

A Prefeitura de São Paulo informou que o rodízio municipal de veículos estará suspenso durante toda a quinta-feira em razão da greve.

No início da noite, o governador Tarcísio de Freitas decretou ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e região metropolitana de São Paulo nesta sexta-feira (24).


Entenda a greve no metrô de SP

O que os metroviários pedem

  • Pagamento de abono salarial para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022
  • Revogação de demissões por aposentadoria especial
  • Revogação de desligamentos realizados em 2019
  • Fim das terceirizações e privatizações
  • Abertura imediata de concurso público para repor o quadro defasado de funcionários

O que diz o Metrô

Afirma não ter dinheiro para pagar o abono salarial neste momento, alegando que a empresa teve quedas significativas de arrecadação devido à pandemia e ainda não teve o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019

Vaivém sobre abertura das catracas

Na véspera da greve

  • Justiça rejeita liminar do Metrô e permite catraca livre em caso de greve
  • Sem acordo com empresa, metroviários anunciam greve
  • Metrô não divulga se vai liberar passageiros de graça

No dia da greve

  • Metroviários entram em greve, com estações fechadas
  • Funcionários afirmam que voltariam ao trabalho com catracas livres
  • Metrô anuncia que aceita liberar catracas
  • Metroviários dizem que estão a postos para trabalhar, mas estado não libera passageiros
  • Gestão Tarcísio acusa funcionários de não terem voltado ao trabalho
  • Justiça revê decisão e manda metroviários garantirem 80% do serviço durante a greve
  • Funcionários dizem que não vão voltar ao trabalho sem catraca livre

Scores

7.200
metroviários compõem o quadro. Desse total, 3.800 são funcionários diretamente ligados à operação dos trens, sendo que cerca de 700 trabalham ao mesmo tempo nas quatro linhas

3 milhões
é o número atual de passageiros do sistema por dia, segundo o Metrô. Antes da pandemia, a média ficava entre 3,8 milhões e 4 milhões de passageiros

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