A Polícia Militar prendeu 21 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas que invadiram uma escola pública na comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. O grupo fugia de uma operação do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Em nota, a corporação afirma que apreendeu três fuzis, quatro pistolas, nove granadas, cinco radioscomunicadores e cerca de três quilos de drogas.

O objetivo da ação era capturar criminosos que teriam migrado de outros estados para o Rio. No domingo (2), Andreza Cristina Leitão, 31, conhecida como Bibi Perigosa, foi presa. Condenada por tráfico no Rio Grande do Norte, ela estava foragida e há suspeita de que esteja envolvida com a onda de violência no estado, no mês passado.

Já no dia 23 de março, 13 homens apontados como traficantes morreram em suposto confronto com as polícias do Rio e do Pará. A suspeita é de que eles fossem integrantes de uma quadrilha que comandaria o tráfico de drogas no norte do país a partir de comunidades do Rio.

Os criminosos presos se renderam. A ação foi filmada por policiais e aplaudida por parentes dos suspeitos, que esperavam do lado de fora da escola. O caso ocorreu no Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Elis Regina.

Ainda de acordo com a PM, houve necessidade de uso de "equipamentos de menor potencial ofensivo para coibir princípio de distúrbio civil".

A corporação afirmou ainda que, segundo o Bope, não havia aula na unidade no momento da ocorrência.

A Secretaria Municipal de Educação afirma que 7.491 estudantes foram afetados pela operação policial, com aulas suspensas em duas escolas da rede.

Inicialmente, o Bope prendeu seis homens nas ruas da comunidade. Outros dez invadiram o Ciep, mas foram encurralados pelos policiais e acabaram presos.

À tarde, outros cinco suspeitos, sendo um de Mato Grosso, foram detidos. Segundo a polícia, eles estavam escondidos em uma casa na comunidade.

Até o momento, 16 foram identificados. De acordo com a Polícia Civil, havia mandados de prisão expedidos contra oito deles. Além disso, três apresentam registros criminais e cinco não têm passagem pela polícia.