Descrição de chapéu vale do javari indígenas

Bruno e Dom deveriam estar aqui hoje e teriam governo como aliado, e não inimigo, diz Lula

Presidente citou o indigenista e o jornalista assassinados há um ano em evento em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente

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Brasília

O presidente Lula (PT) afirmou que Dom Phillips e Bruno Pereira deveriam estar no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (5) e seriam considerados aliados do atual governo. O indigenista e o jornalista britânico foram assassinados em 5 de junho do ano passado no Vale do Javari, no Amazonas.

Lula no Palácio do Planalto em evento em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente - EFE/Andre Borges - EFE

Lula prestou uma homenagem aos dois no evento que comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente.

"Bruno e Dom mereciam e deveriam estar aqui, neste momento em que eles teriam o governo brasileiro como aliado e não como inimigo, ao contrário do que aconteceu nos últimos quatro anos", disse, em referência ao governo de Jair Bolsonaro (PL).

E prosseguiu: "Há um ano, o assassinato brutal de que foram vítimas chocou o mundo, que passou a ver a Amazônia como uma terra sem lei e à beira da destruição, com enorme ameaça ao enfrentamento da emergência climática".

O crime completou um ano nesta semana e mobilizou manifestações no país. No Rio de Janeiro, o protesto foi marcado por críticas de que, um ano depois das mortes, não foram tomadas medidas de proteção às terras indígenas.

Ato em Copacabana, no Rio, em homenagem a Bruno Pereira e Dom Phillips, mortos há um ano no Vale do Javari - Eduardo Anizelli/Folhapress

"Ainda estão batendo cabeça. Não tomaram providências efetivas de fato. O Estado brasileiro deve uma explicação ao mundo, porque o mundo se comoveu com esses assassinatos", disse Beto Marubo, líder da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), organização na qual Bruno também atuou.

O grupo também citou retrocessos recentes, como a aprovação do projeto de lei do marco temporal na Câmara dos Deputados e o enfraquecimento do Ministério dos Povos Indígenas, que com a aprovação da MP da Esplanada perdeu a competência pela demarcação de terras.

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