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Ciclovias apagadas esperam há dois anos por reparos em São Paulo

Gestão Ricardo Nunes (MDB) afirma que já reparou trechos e contratou manutenção para toda a malha

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São Paulo

Ciclovias em diversas regiões de São Paulo esperam há cerca de dois anos por reparos. Em algumas áreas, trechos que estão danificados ou foram suprimidos por recapeamento de asfalto, por exemplo, ainda aparecem no mapa de ciclovias da Prefeitura, a cargo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

As queixas estão em um ofício de 23 de setembro de 2021, em que conselheiros da Câmara Temática de Bicicleta de São Paulo indicaram problemas em 21 ciclovias e ciclofaixas. Dos pontos listados no ofício, a gestão Ricardo Nunes (MDB) diz que corrigiu cinco, contratou reparos para a malha e estuda soluções para resolver o problema em outros pontos, que permanecem sem solução.

foto mostra placa com ciclista trafegando ao fundo, mas não há ciclovia, apenas a rua de asfalto e a indicação de um corredor de ônibus
Placa indica trecho de ciclovia que foi descontinuado na avenida Chucri Zaidan, no Morumbi - Eduardo Knapp - 23.mai.23/Folhapress

Segundo representantes do coletivo Bike Zona Sul, que integra o Conselho Municipal de Trânsito e Transportes da cidade, parte das estruturas danificadas ou que não foram instaladas estava no Mapa de Infraestrutura Cicloviária da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o que gera risco para quem planeja usá-las.

Após o contato da reportagem, a gestão Nunes diz que suprimiu do site o trecho da rua Tobias Barreto, na Mooca, porque o local está em discussão com moradores, comerciantes e ciclistas para sugerir alternativas. Também foi retirado do mapa trecho de 350 m da avenida Chucri Zaidan, na Vila Cordeiro, zona sul, entre a avenida João Doria e a rua Joerg Bruder. A instalação da ciclovia depende de uma obra da Operação Urbana Água Espraiada para alargamento do canteiro central na região.

Os pontos listados no ofício e ressinalizados até o começo do ano passado são das ruas Abel Tavares, Fradique Coutinho, Luis Góis, Vigário Albernaz e República do Líbano e do Largo do Arouche —este com reparo feito pela Sabesp, segundo a prefeitura.

A gestão Nunes contratou manutenção para a toda a malha cicloviária atual, com 722,1 km da malha cicloviária atual —dividida entre 690 km de ciclovias e ciclofaixas e 32,1 km de ciclorrotas. Os reparos devem contemplar locais apontados no ofício, como a avenida Amarilis (nº 50 ao 222), na Cidade Jardim, a rua Caio Graco (do nº 43 ao 348), na Lapa, a rua da Figueira (do nº 77 ao 193), no Parque Dom Pedro, e a avenida Milene Elias (do nº 172 ao 612), em Ermelino Matarazzo.

Também está em estudo a sinalização para o Largo do Socorro, na zona sul, para conectar ciclovias existentes. O local foi retirado do mapa.

Ainda, a prefeitura afirma que o trecho da avenida Cecília Lottenberg entre a praça Cyro de Freitas Valle e a ruas Américo Brasiliense é uma ciclorrota, e que a velocidade na via foi reduzida de 50 km/h para 30 km/h.

A administração não disse o que foi feito nas ruas Martiniano de Carvalho (do nº 14 ao 1.085), na Bela Vista, na José Vicente Cavalheiro (do nº 6 ao 255), em Santo Amaro, na Luis Góis (do nº 19 ao 2.211) e na Vigário Albernaz (do nº 11 ao 191), ambas na Vila Clementino, na do Boqueirão (do nº 107 ao 669), na Vila da Saúde, e na Vitória Speers, (do nº 410 ao 1197), na Vila Formosa.

"Reforçamos que todas essas estruturas são de extrema importância e a ausência da sinalização coloca em risco os ciclistas que as utilizam", dizem os conselheiros no ofício de 2021. "Quando o ciclista planeja um percurso espera que as vias estejam sinalizadas para assegurar que não correrá riscos."

Até o momento, a prefeitura avançou pouco mais de 10% do objetivo de construir 300 km de cicloviárias (ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas), que faz parte do programa de metas da gestão Covas/Nunes, de 2021 a 2024. Diz, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito e da CET, que 81% da malha paulistana está em boas condições.

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