Veja como pode ficar seu bairro com a revisão do Plano Diretor de SP

Mudanças foram previstas por laboratório do Insper, mas formato final depende de novo texto e da Lei de Zoneamento

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São Paulo

A revisão do Plano Diretor de São Paulo abrirá novas áreas na cidade para receber prédios mais altos. Bairros como Lapa, Freguesia do Ó, Santana, Sapopemba e Vila Sônia podem estar entre os mais impactados com as mudanças.

Essa discussão só será finalizada com a mudança da Lei de Zoneamento, que deve começar a ser analisada pelos vereadores da capital nas próximas semanas. A discussão de regras em cada quarteirão da cidade depende do Plano Diretor, que estabelece regras mais gerais.

A previsão é que a revisão do plano seja votada de forma definitiva na próxima segunda-feira (26), e a proposta da prefeitura para o zoneamento seja enviada à Câmara Municipal até o fim de junho. Porém as mudanças antecipadas pelo relator do tema, Rodrigo Goulart (PSD), já dão uma ideia de como a cidade pode ficar.

Vista aérea do bairro de Pinheiros, onde quarteirões de casarões e espigões contrastam nos dois lados da avenida Rebouças - Zanone Fraissat/Folhapress

Uma das mudanças mais debatidas na revisão são as áreas ao redor dos eixos de transporte, que têm os regramentos mais permissivos para altura de prédios na cidade. A ideia é que o tamanho dessas áreas possa ser ampliado.

Após pressão de entidades de bairro, especialistas e políticos da oposição, Goulart deve permitir essa mudança para uma área menor do que o previsto até a primeira votação no plenário da Câmara. Em vez de possibilitar a expansão dos eixos em um raio de até um quilômetro a partir das estações de metrô e trem, a ideia é que esse raio seja de 800 metros ou até menos.

O laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper projetou alguns cenários hipotéticos do novo desenho dessas áreas que podem ter verticalização liberada.

Se a mudança for permitida apenas em um raio de 700 metros, uma hipótese que tem sido discutida nesta quarta-feira (21), a mudança valeria para parte das quadras incluídas na projeção do estudo.

Essas áreas correspondem às quadras em vermelho nos mapas desta reportagem.

O relator do projeto diz que o desenho final dos eixos deve ser menor do que qualquer projeção, pois dificilmente a expansão seria confirmada em 100% dessas áreas na revisão do zoneamento.

Com a mudança, de um quilômetro para 800 ou 700 metros, cerca de 90% das novas áreas ficariam a uma distância de 15 minutos a pé das estações e corredores de ônibus. É uma melhoria em relação à proposta inicial, segundo o time de pesquisadores do Insper, pois antes havia o risco de construir mais prédios em áreas mais distantes do transporte público --a intenção no Plano Diretor é o contrário.

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