Descrição de chapéu Quilombos do Brasil

Série Quilombos do Brasil mostra realidade, lutas e história dos quilombolas

Em parceria com Fundação Ford, projeto já visitou 18 quilombos em sete estados brasileiros para destacar personagens que lutam pela preservação das terras e da cultura

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São Paulo

A série de reportagens Quilombos do Brasil, publicada pela Folha em parceria com a Fundação Ford, mostra desde março a realidade de comunidades quilombolas pelo país e seus principais desafios, como a luta pela titulação da terra e a busca por acesso a políticas públicas.

A reportagem já visitou 18 quilombos em sete estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas e Santa Catarina. Encontrou personagens marcantes, como Terezinha Silva de Souza, 87, que luta contra o apagamento de quilombolas do Sul, mostrou o cotidiano em quilombos urbanos, e destacou expressões culturais, como tambor de crioula.

Quilombos do Brasil também mostrou problemas de saúde vividos por comunidades e contou histórias, como a da tradicional comunidade da Pedra do Sal, reduto do samba que luta pelo título da área quilombola.

Apresentação de tambor de crioula na Casa do Tambor de Crioula, no centro de São Luis, no estado do Maranhão - Danilo Verpa/Folhapress

Entre os locais visitados está o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, Serra da Barriga. A região abrigou o mais emblemático quilombo do país.

Surgidos no período colonial, os quilombos são um símbolo de resistência da população negra contra os horrores da escravidão.

As comunidades emergiram com a fuga de pessoas escravizadas. Os primeiros registros de quilombos remontam à década de 1570. Mesmo após a abolição, no fim do século 19, descendentes dos quilombolas deram sequência à formação dos agrupamentos em diferentes partes do país.

Hoje, calcula-se que existam ao menos 6.000 comunidades quilombolas, em 25 estados. A maioria delas, porém, ainda não tem seu direito garantido à terra, como defende o artigo 68 da Constituição.

Apenas 5% das comunidades quilombolas brasileiras possuem o título de propriedade das áreas que ocupam. Diante desse cenário, há constantes casos de especulação imobiliária, além de ameaças e tentativas de despejo, segundo lideranças.

Boa parte dos territórios quilombolas possui papel ambiental importante nessa equação, justamente porque muitos deles estão em áreas com florestas, rios e mananciais —inclusive na Amazônia— e também pela maneira como os próprios quilombolas se relacionam com a natureza.

O projeto Quilombos do Brasil é uma parceria com a Fundação Ford  

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