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Metroviários de São Paulo planejam greve na próxima terça-feira (15)

Assembleia na noite de segunda (14) vai decidir se haverá paralisação; categoria reclama de suposta terceirização na manutenção da linha 15 e de privatização do metrô

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São Paulo

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo pode paralisar as atividades na próxima terça-feira (15). A greve, anunciada nesta quinta-feira (10), será decidida em uma assembleia marcada para a noite de segunda-feira (14).

Em comunicado, o sindicato disse que entre os motivos para paralisação estão planos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de privatizar todas as linhas do metrô.

Cartaz informa sobre fechamento da estação Tatuapé, da linha 2-vermelha do metrô, durante a última greve do metrô em São Paulo - Bruno Santos - 23.mar.23/Folhapress

O sindicato também é contra uma a terceirização na manutenção da linha 15-prata, o monotrilho da zona leste.

"Se isso se concretizar, a segurança dos passageiros e funcionários estará em risco", afirma comunicado no site do sindicato.

O pregão para contratação da empresa terceirizada está marcado para o próximo dia 28, diz o sindicato.

Desde 2020, há um inquérito instaurado no Ministério Público de São Paulo para apurar problemas no monotrilho.

Em nota sobre a possível paralisação, os metroviários também citam a demissão de três trabalhadores da linha 15 e outros funcionários do metrô que foram testemunhas em processos trabalhistas.

Questionado sobre a greve e sobre a terceirização da manutenção da linha 15-prata, o Metrô não respondeu à reportagem.

Essa é a segunda paralisação anunciada pelos metroviários em menos de dois meses. Em assembleia no dia 12 de junho, durante as negociações para a campanha salarial deste ano, a categoria resolveu suspender a greve marcada para o dia seguinte.

O recuo ocorreu após a categoria aceitar proposta do governo estadual que, entre outros, reajustou o vale-alimentação.

Em discurso na sede do Sindicato dos Metroviários na noite desta terça, a presidente da instituição, Camila Lisboa, afirmou que o Metrô mandou uma carta com propostas que, segundo ela, tornava mais vantajoso não realizar a greve.

Durante a assembleia de junho, sindicalistas fizeram duros discursos sobre a possibilidade de privatização de linhas, que poderiam provocar a demissão de funcionários.

Em março deste ano, durante greve da categoria, o sistema de transporte público paulistano ficou parado por mais de 30 horas horas e só voltou porque metroviários aceitaram a proposta apresentada pelo Metrô para o pagamento, em abril, de abono salarial no valor de R$ 2.000, além da instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.

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