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Inverno na cidade de São Paulo é o mais quente em 62 anos

Capital registrou a maior temperatura nesta sexta (22), com 34,7°C, e pode bater recorde de calor neste fim de semana

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São Paulo

O inverno deste ano na cidade de São Paulo foi o mais quente dos últimos 62 anos. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura média ficou em 26°C. É o registro mais alto desde 1961, quando a cidade teve no inverno temperatura média de 25,2°C.

A estação mais fria do ano termina oficialmente às 3h50 (de Brasília) deste sábado (23), dando início à primavera, que vai até 22 de dezembro.

Nesta sexta (22), a cidade teve o seu dia mais quente do ano, com máxima de 34,7°C. Os dois recordes anteriores também ocorreram nas últimas semanas de inverno: os termômetros marcaram 33,9°C no domingo (18) e 33,3°C no dia 13.

Antes dos três dias com recorde de calor em plena estação mais fria do ano, a capital paulista havia registrado a máxima mais alta de 2023 em 16 de janeiro, no verão, com 32,5°C.

Pessoas circulam pela avenida Paulista em dia de forte calor na cidade
Pessoas circulam pela avenida Paulista em dia de forte calor na cidade - Zanone Fraissat - 19.set.23/Folhapress

previsão que a cidade ultrapasse essa marca neste fim de semana e tenha o dia mais quente da história, segundo a Defesa Civil estadual. A previsão do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) do órgão aponta que a temperatura pode chegar a 38°C no sábado e no domingo (24).

Já o Inmet prevê 34°C no sábado e 37°C para domingo. Os registros, feitos desde 1943, apontam que a capital chegou a 37,8°C em 17 de outubro de 2014, valor mais alto da história da cidade.

As altas temperaturas fizeram o governo estadual recomendar que escolas da rede priorizem atividades com menor exposição ao sol e exercícios menos intensos durante as aulas de educação física. É importante manter a hidratação e a ingestão de água de coco e outros isotônicos para minimizar o impacto no aparelho respiratório, entre outros cuidados.

A capital paulista também enfrenta dias de pouca umidade, o que deve mudar com a chegada de uma frente fria na segunda (25).

Veja seis dicas para manter-se bem em dias quentes

Defesa Civil emite alerta e cuidados para períodos de calor extremo

  • Hidrate-se

  • Não substitua água por bebidas alcoólicas

  • Faça refeições leves e frias mais vezes ao dia

  • Prefira ambientes arejados e evite aglomerações

  • Proteja-se do sol com chapéu, óculos escuros, roupas leves e protetor solar

  • Use soro fisiológico nos olhos e narinas

  • Não faça exercícios físicos em horários com maior incidência de raios UV, das 11h às 17h

  • Evite a exposição excessiva ao sol, pois pode causar mal-estar e insolação

O país vive nesta semana uma onda de calor fora de época e há alerta de grande perigo para altas temperaturas até domingo, de acordo com o Inmet. O instituto informou que os termômetros podem ultrapassar os 40°C em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte, além do interior de São Paulo.

Ondas de calor se caracterizam por um aumento de 5°C em relação às médias de temperatura. Se o aumento é verificado em um período de 2 a 3 dias, o alerta é moderado. De 3 a 5 dias, passa a ser de perigo. Por mais de cinco dias consecutivos, o aviso passa para a categoria de grande perigo.

O calor é provocado pelo tempo e redução da nebulosidade, que mantém a temperatura da massa de ar elevada. Está em curso um fenômeno que causa um bloqueio atmosférico que faz com que os ventos ocorram em níveis superiores da atmosfera, o que faz prolongar os dias de altas temperaturas.

Para os próximos meses, o prognóstico é que novos recordes de temperatura possam ser registrados ainda na primavera.

Além disso, especialistas dizem que as chuvas que atingem o Sul devem ganhar força com o El Niño, especialmente em dezembro, o que também levará tempo mais quente e seco ao Norte e ao Nordeste. A incerteza recai sobre o Sudeste, sem sinais claros de mais ou menos chuva e calor.

Já para o verão, a combinação do recorde de calor nos oceanos registrado em agosto com a provável continuidade do El Niño até março de 2024 sinaliza para máximas inéditas pelo Brasil.

Rio de Janeiro

Na cidade do Rio de Janeiro, o recorde de dia mais quente do ano pode ser batido no domingo, com a máxima de 42°C prevista pelo Inmet.

A máxima capturada pelo instituto em 2023 foi no dia 4 de fevereiro, quando a estação meteorológica de Marambaia, na zona oeste, registrou 38,8°C. Em todo o estado, a maior máxima registrada no ano foi 39,3°C em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ), no mês de agosto.

Já o Alerta Rio, sistema meteorológico da Prefeitura do Rio, registrou na segunda-feira (19) 41°C no bairro do Irajá, zona norte da cidade. De acordo com o órgão, a segunda foi o dia mais quente do inverno.

A previsão do Inmet para o Rio de Janeiro no sábado, primeiro dia de primavera, é de céu com poucas nuvens, temperatura mínima de 18°C e máxima de 33°C. No domingo, a umidade diminui, o tempo fica encoberto e a temperatura fica entre 24°C e 42°C.

Colaboraram Lucas Lacerda, de São Paulo, e Yuri Eiras, do Rio de Janeiro

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