Ruas da Liberdade serão fechadas para carros e abertas para pedestres aos domingos

Programa vai funcionar em um modelo semelhante ao da avenida Paulista

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São Paulo

Quatro ruas do bairro da Liberdade, na região central de São Paulo, serão interditadas para veículos e liberadas aos pedestres aos domingos e feriados. São elas, as ruas dos Aflitos, América de Campos, dos Estudantes e Galvão Bueno.

A ampliação do programa Ruas Abertas, anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) nesta sexta-feira (22), entrará em vigor a partir de 1º de outubro. A gestão garantiu que a medida não irá afetar acessos ao hospital LeForte. Para isso, motoristas poderão acessar trechos da Galvão Bueno, por exemplo.

Na rua dos Estudantes, somente os moradores do edifício Regente Feijó e feirantes da praça da Liberdade poderão utilizar carros. Essas pessoas terão um cartão de acesso entregue pela prefeitura.

Rua no bairro da Liberdade em São Paulo
Rua no bairro da Liberdade em São Paulo - Jardiel Carvalho - 25.mar.2023/Folhapress

"Vamos valorizar a diversidade e o patrimônio da região, além de estimular a mobilidade ativa", disse Pedro Fernandes, assessor da pasta de Urbanismo e Licenciamento.

Nesta primeira fase, as vias ficarão abertas em um esquema semelhante ao que acontece com a avenida Paulista. A circulação dos carros no entorno será possível, aos domingos e feriados, até às 9h e depois das 20h.

A operação é coordenada pela Secretaria Municipal de Esportes. A prefeitura prometeu, em uma segunda fase, promover obras viárias e melhorias nas calçadas.

O anúncio é bem tímido diante da expectativa de Nunes de anunciar o fechamento da avenida São João. "Tínhamos 26 ruas antes da pandemia, incluindo a Paulista. Agora estamos aguardando estudos para novas vias", disse o prefeito. "No Butantã [bairro da zona oeste], por exemplo, a comunidade não aprovou [o fechamento de ruas]."

Segundo Fernandes, o fechamento da avenida São João aos domingos conta com apoio da população, mas a prefeitura estuda solução para os corredores de ônibus.

Hemilton Inouye, diretor da CET, disse que a prefeitura encontra dificuldades de estender o programa principalmente nas áreas mais distantes do centro. "Tivemos [manifestação contrária de moradores ao fechamento da ruas], sim, em áreas periféricas porque teve distorções dos usos, principalmente por causa desses pancadões", afirmou.

"O programa precisa ter aceitação da população, não simplesmente adotar um parâmetro de instalar em todas as subprefeituras", disse o diretor.

Para definir quais ruas seriam abertas aos pedestres na Liberdade, a prefeitura lançou consulta pública e diz ter colhido 4.200 manifestações de moradores. A estimativa da prefeitura é de ampliar em 174% a circulação de pedestres na região.

Também nesta sexta, Nunes anunciou que a cidade vai ter um programa de manutenção permanente da malha cicloviária. O programa terá um orçamento de R$ 64 milhões e, de acordo com o prefeito, não será preciso uma licitação para cada intervenção.

"Vamos, assim, poder dar uma resposta mais imediata às necessidades [de reformas] destas ciclovias", disse Nunes.

A cidade tem 722 km de malha cicloviária, e a atual gestão planeja atingir 1.000 km até o final de 2024.

Segundo Celso Gonçalves Barbosa, secretário de Mobilidade e Trânsito, o programa começará a partir da avenida Jair Ribeiro da Silva, na região de Interlagos, zona sul da capital.

Os ciclistas podem acionar reparos nas ciclovias através do serviço 156.

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