Descrição de chapéu Obituário Cristiane Dutra Pena (1971 - 2023)

Mortes: Apaixonada por praia, valorizou cada dia de vida

Cristiane Pena era empresária e coordenou campanha do marido, Cabo Daciolo, à Presidência

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São Paulo

Cristiane fazia questão de manter a mesma rotina todos os dias: acordar cedo, olhar as tarefas do dia, tomar um café com leite na varanda e ir para as praias do Recreio, na zona oeste do Rio de Janeiro, antes do trabalho.

A empresária não deixava passar as manhãs de sol e fazia questão de dizer aos filhos. "Ela mandava mensagem com 'olha de onde estou trabalhando'. Tendo sol, estava lá", diz a filha Marya Eduarda, 26. Nascida em Realengo, também na zona oeste da cidade, mas a 23 km de distância, era fã do Rio de Janeiro e do Vasco da Gama, como mostrava nos perfis de rede social.

Mãe muito apegada aos três filhos, Cristiane Dutra Pena equilibrava a agenda entre a família e o trabalho. Durante toda a vida trabalhou na sua empresa de seguros e depois chegou a cursar e trabalhar com jornalismo, embora não tenha concluído a graduação.

cristiane usa vestido preto, chapéu e óculos escuros. posa para a foto à frente de uma rede de madeira na praia. ao fundo, areia e o mar
Cristiane Dutra Pena (1971-2023) - Arquivo pessoal

"Varoa, te amo!" Foi com essa frase que o marido de Cristiane, o então candidato Benevenuto Daciolo dos Santos, saudou a companheira durante um dos debates da campanha presidencial de 2018. Na ocasião, Cabo Daciolo, hoje ex-deputado, também declarou seu amor à mãe e a todas as mulheres do Brasil.

Cristiane Daciolo, como ficou conhecida, cuidou da comunicação da campanha do marido, com quem viveu por mais de 20 anos. Dos três filhos, Manuella, 16, e Bernardo, 17, são do casamento com ele.

Atualmente, só a mais nova morava com a mãe. "Era uma mãezona, ligava todo dia para perguntar da gente, estava sempre muito presente. Apesar de eu morar no Flamengo e ela, no Recreio, a gente se via duas ou três vezes por semana", diz Marya Eduarda. "Inclusive quando descobrimos que a leucemia havia voltado."

Diagnosticada em 2018 com a doença, Cristiane passou o Natal no hospital e recebeu um transplante de medula do irmão, Marcelo, em 2019. A doença chegou a regredir, mas o anúncio da volta foi feito em 18 de julho deste ano, após uma das consultas ao hematologista.

"E 40 dias depois ela faleceu. Pareceu uma eternidade", diz Marya. "Era uma pessoa de muita fé, algo até difícil de entender para quem não tem isso muito presente. Era um relacionamento direto com Deus." Além da fé, Cristiane contou com o apoio da família, que não a deixou dormir sozinha em nenhum dos dias da internação.

Morreu em 29 de agosto, aos 52 anos. Deixa o marido, três filhos, o irmão e três sobrinhos.

Nas redes sociais, Cabo Daciolo fez novas homenagens nesta terça-feira (5), após uma publicação na semana passada. "Primeiro, dizer que minha varoa está viva. Creio num rei que não é o Deus de mortos, e sim, de vivos", afirmou. "Cris, te amo."

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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