Descrição de chapéu Obituário João Nilson Moreira (1947 - 2023)

Mortes: Tornou-se pilar da cultura popular em município baiano

João Nilson Moreira deixou seu nome marcado na população e na cultura de Barreiras

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São Paulo

João Nilson Moreira era um homem que esbanjava alegria, bom humor e a confiança inabalável de que o melhor sempre estava por vir. Espalhava os bons sentimentos para todos que cruzavam seu caminho.

Moreira nasceu no município de Barreiras, no oeste baiano. A vida não foi nada fácil no interior, que à época tinha carência de oportunidades e de bons empregos.

Homem negro, de camisa branca e chapéu
João Nilson Moreira (1947 - 2023) - Arquivo Pessoal

Era o mais velho de 11 irmãos e desde muito cedo pegou para si a responsabilidade de ser um farol que guiaria a vida daqueles que vieram depois dele.

"Foi uma infância muito difícil. A mãe dele tinha de sair para trabalhar, ficava bastante tempo fora de casa e ele olhava os irmãos, cuidava deles porque era o primogênito. Ele foi praticamente pai dos irmãos. Ajudou a criar e a dar educação para todos eles", diz o sobrinho Ygor Krizan.

Os sacrifícios deram certo e a família frutificou, com pessoas corretas e de olho no futuro. Cada irmão se desenvolveu, um na comunicação, outro na política, sem nunca deixarem os laços familiares serem rompidos.

Moreira trabalhava com contabilidade, mas se tornou bastante conhecido na cidade por ser um dos principais incentivadores da cultura popular. Apresentava o bumba meu boi, samba de roda, entre outras manifestações populares, especialmente em épocas de festividades, sobretudo as religiosas.

Desde pequeno, interessava-se por manifestações da cultura local.

Participou por muito tempo do grupo de Reisado da Igreja São Sebastião e, ultimamente, dedicava-se aos grupos do Divino Espírito Santo da paróquia São José e de Reisado do Povoado do Bezerro, além de outros da Diocese de Barreiras. Com o histórico, virou um pilar da cultura popular do município e da região.

Gostava muito de conversar, de estar com as pessoas, passar os ensinamentos da vida e ensinar sobre as manifestações típicas da região.

Moreira morreu no dia 11 de agosto, aos 76 anos, no Hospital do Oeste, após sofrer um infarto. Sua passagem comoveu a população.

"Ele era uma pessoa muito tranquila, sempre à disposição de todo mundo. Nunca o vimos de mau humor, sempre estava sorrindo, sempre querendo ajudar, tanto os familiares quanto os amigos. É assim que ele vai ser lembrado", diz o sobrinho.

O guardião da cultura popular era divorciado, deixou quatro filhos, sete netos e oito irmãos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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