Descrição de chapéu greve transporte público

Justiça aumenta para R$ 2 milhões multa a sindicato de metroviários caso greve continue

Entidade descumpriu determinação de que ao menos 80% do contingente trabalhasse

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São Paulo

Caso a greve dos funcionários do metrô de São Paulo se prolongue até esta quarta-feira (4), a multa imposta subirá para R$ 2 milhões.

Trabalhadores do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp entraram em greve nesta terça (3), em protesto contra os planos de privatização das três companhias, anunciados pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Movimentação na estação Pinheiros, em São Paulo, no final da tarde desta terça (3), dia de greve no transporte sobre trilhos - Adriano Vizoni/Folhapress

No último dia 29, o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) determinou que, no dia da greve, os funcionários do Metrô teriam de manter 100% da operação nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 80% nos demais horários. Em sua decisão, o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira havia estabelecido multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento dos termos.

Nesta terça, contudo, atendendo a um pedido do Metrô, o juiz proferiu nova decisão e determinou que, caso a paralisação se estenda até esta quarta e os metroviários não estejam operando com os efetivos exigidos (100% em horário de pico e 80% no restante), a multa será ampliada para R$ 2 milhões.

Segundo Oliveira, a decisão ocorre "em razão do efetivo descumprimento da ordem judicial" e "em evidente desprestígio ao Poder Judiciário".

Não está claro, contudo, se apenas o Sindicato dos Metroviários deverá arcar com a multa. Isso porque, além dos metroviários, a decisão menciona o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo —"multa no valor de R$ 2 milhões, em caso de descumprimento, para ambos os requeridos", diz o texto—, mas os engenheiros do Metrô desistiram de aderir à greve ainda na segunda-feira (2), antes do início da paralisação.

Uma seção especializada do TRT, composta por dez desembargadores, ainda vai julgar se as multas deverão ser aplicadas.

CPTM

Assim como o Metrô, a CPTM foi à Justiça contra a greve, e a multa para os três sindicatos que representam os trabalhadores dos trens também aumentou.

De acordo com decisão do TRT-2 desta terça, os sindicatos não cumpriram a ordem judicial que determinava 100% do contingente trabalhando no horário de pico e 80% nos demais horários. Com isso, a CPTM acionou o TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho) nesta manhã e pediu que os sindicatos fossem multados em R$ 1 milhão.

Em decisão do começo da tarde desta terça, a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, do TRT-2, entendeu que os sindicatos descumpriram a decisão de manter 100% da operação nos horários de pico e 80% no restante do dia e elevou a pena, multando cada uma das entidades em R$ 500 mil.

Decisão anterior previa multa de R$ 500 mil a ser repartida entre o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana.

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