Metrô de SP anuncia demissões por paralisação surpresa no último dia 12

Segundo empresa, cinco operadores de trens foram mandados embora por protesto que paralisou linhas no feriado; sindicato convoca reunião

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São Paulo

O Metrô de São Paulo anunciou nesta terça-feira (24) a demissão de cinco operadores de trens por causa da paralisação surpresa do último dia 12.

Ao todo nove funcionários sofreram punições. Além dos cinco demitidos, um foi suspenso por 29 dias e outros três, que contam com estabilidade sindical, serão suspensos sem remuneração para serem submetidos a inquérito perante o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que segundo o Metrô vai apurar a ocorrência de falta grave e decidir sobre demissão.

Na época, o Sindicato dos Metroviários afirmou que o protesto ocorreu por causa de advertências a trabalhadores da linha 2-verde, consideradas injustas.

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Cartaz informa sobre paralisação nas linhas do metrô de São Paulo - Danilo Verpa - 12.out.23/Folharpess

A paralisação, de aproximadamente três horas, ocorreu nove dias após a greve que interrompeu por um dia grande parte do transporte sobre trilhos na cidade.

A greve do dia 3 foi em conjunto com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado), por causa de privatizações no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"A companhia também avalia outros casos e não descarta novas punições", afirmou o Metrô, em nota.

Procurados, diretores do Sindicato dos Metroviários disseram que estavam reunidos na tarde desta terça para discutir as demissões.

Na nota, o Metrô disse que sua decisão baseada em provas compostas por imagens, áudios e relatórios que indicaram a conduta irregular dos nove profissionais.

A direção da companhia avaliou que a paralisação atendeu apenas a interesses privados e descumpriu a legislação por ter sido implementada sem aviso prévio e sem qualquer autorização neste sentido pela assembleia da categoria dos metroviários", afirmou a empresa.

No texto, o Metrô diz que os nove empregados punidos alegaram protestar contra advertências recebidas por outros três empregados da linha 2-verde. "Tais advertências não implicavam em demissão ou redução de salários", afirma.

Por causa da greve do início do mês, o Metrô entrou com uma ação na Justiça em que pede o pagamento de R$ 7,1 milhões por prejuízos, além de indenização por danos morais por prejuízos à imagem da companhia. O Sindicato dos Metroviários tem 30 dias para se defender.

Durante a greve, o Tarcísio chamou várias vezes a paralisação de política, o que foi contestado pelos sindicatos.

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